Sonambulismos
Quem não está atento à realidade do clube catalão talvez se surpreenda pelos resultados eleitorais recentes, em que o presidente Laporta, responsável pelo período mais brilhante e difícil de igualar, não só não é reconduzido como terá que prestar contas ao clube e enfrentar a justiça espanhola pelos resultados financeiros desastrosos do seu mandato. É que o que se pode ler na Marca (obrigado L.M.P.) e que pauta uma diferença grande entre o que se faz no Sporting de há muitos anos para cá. E realço, como nota acessória a diferença de procedimentos das duas instituições: o Sporting constituiu uma comissão de 4 notáveis para redigir uma proposta de novos estatutos. O Barça abre-se a todas as propostas dos seus associados, a quem possibilita o envio de contribuições, através do site do clube.
A vitalidade de uma organização começa na aplicação prática dos seus princípios e a diferença entre os procedimentos deles e os que vimos assistindo há algum tempo no Sporting - demasiado tempo na minha opinião - talvez explique muito o momento em que nos encontramos. Aí as culpas não são apenas dos dirigentes mas sobretudo do sonambulismo dos associados, que se demitem das suas responsabilidades e que as gerações vindouras não deixarão de julgar.
Não termino esta breve mas elucidativa viagem à Catalunha sem vincar o seguinte: ao contrário do processo agora encetado pelo Barça, não me parece útil recorrer a terceiros, com entrega à justiça dos assuntos que devem ser resolvidos em casa. A devassa do clube, mais ainda no actual panorama da justiça nacional, só poderia ser contraproducente. Para a definitiva e tão necessária pacificação do clube é necessário um processo rápido e transparente, tendo como prioridade não interesses persecutórios, mas o apuramento da real situação financeira do clube. A participação criminal, a acontecer, existiria apenas nos casos em que a mesma seria incontornável. O dia chegará, estou absolutamente convicto, e aí espero que todos estejamos à altura de perceber que o Sporting precisa de encerrar em definitivo capítulos da sua história que, tal como as feridas por sarar, apenas contribuem para a debilitação do espírito leonino. Infelizmente são já várias as lideranças que não percebem o valor estratégico da verdade e da transparência como factores de agregação à nossa causa.
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ResponderEliminarBom post!
ResponderEliminarA questão da responsabilização dos sócios é muito pertinente. Muitas vezes aqui, surgem acusações que quem critica apenas o faz sem sugerir alternativas ou sem participar activamente na vida do clube, indo aos jogos ou participando em actos eleitorais. E para muitos casos é uma grande verdade.
Seria muito mais legítimo e eficaz criticar se o estádio estivesse cheio, se as assembleias fossem macivamente concorridas tal qual as eleições.
Contudo a perda de fulgor do clube a todos os níveis tem arredado os sócios da participação activa no clube.
Acordem! (i)
Nem vale a pena falar mais do treinador do Sporting. Para mim está tudo dito. Não tem categoria para o Sporting e vamos perder muito (não só pontos nem jogos!..) com este treinador!!
Acordem! (ii)
É uma desilusão imensa! Não sou um entendido no Andebol, pouco sei das competências de quem o dirige dentro e fóra do campo, mas como sócio atento, perante a época passada e as contratações para esta época, esperava uma equipa poderosa.
Também gostava d perceber o que se pássa
Acordem! (ii)
ResponderEliminarEm alguns blogues sportinguistas pedia-se a demissão do treinador de andebol Paulo Faria. O Sporting acabaria hoje mesmo por demitir o treinador.
Parece, segundo alguns mais entendidos, que o ex-treinador não estava à altura das exigências do clube. E que seria ele o maior responsável pelas más exibições e resultados com um plantel de excelência.
Salvo a qualidade do plantel, esta apreciação sobre o treinador lembra-me o que se pássa, na minha opinião, no nosso futebol sénior..