MRT ao Sol: entre o jejum e a glória
A SAD sentiu que não foi defendida pelos sócios contra uma minoria que é muito activa e que condiciona.
Há gente a mais a falar.
Não percebeu o fim do ciclo da liderança técnica de PB, assente na evidência dos resultados e exibições, preferindo a tese a conspiração, sem, no entanto concretizar.
Não concorda com teses catastrofistas como a belenensização.
Entende que não houve falta de empenho dos jogadores.
Era a época que estava a correr melhor em termos disciplinares a PB.
Caicedo recebe menos que Derlei.
Não estava contente com o futebol praticado, relacionando-o com o calendário “absurdo” da Champions.
O período eleitoral não condicionou a preparação da época.
O Sporting teve o cuidado de adequar a gestão da SAD aos rácios aconselhados pela UEFA e que deverão (?) entrar em vigor em breve. O Sporting excede em pouco os 50% dos custos salariais face às receitas, a UEFA pretende que não ultrapasse os 60% por cento. É possível chegar ao titulo com esta filosofia.
O Sporting ou aumenta as receitas ou tem de ter um investidor. Quando foi campeão tinha custos próximos dos seus opositores mas não conseguiu aumentar as receitas. (aqui esqueceu-se de um pormenor: o fcp aumenta as receitas porque além de ser campeão complementa com uma boa participação desportiva na Chanpions, coisa que o Sporting não conseguiu.)
Com Jardel e aquela equipa o clube podia ter partido para um período de hegemonia no futebol.
“O Sporting vive a sua segunda melhor década de sempre e o seu segundo maior jejum de sempre.” Para quem duvida, os segundos lugares parecem ser mesmo uma maldição. São pelo menos um paradoxo.
PS: Já depois da elaboração deste artigo recebemos um press-release da A.A.S. que agora anexamos.
Incrivel, a forma como o Matias veio para o Sporting. "Achamos que é caro". Tanto negócio que se perdeu por "Achamos que é caro", só pode. Qual é o problema de perguntar o preço de um jogador? Se é caro vai-se à procura de outro. Atrasados!!!
ResponderEliminarLivramento: Mt pertinente essa sua observação.
ResponderEliminarEscudero... Era este o gajo que queriam. Até o Matias foi um achado! Quase tão raro como os arqueológicos. Se hoje está no SCP, devemo-lo à pura sorte! E não à ambição ou audácia.
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LdA:
“Não percebeu o fim do ciclo da liderança técnica de PB, assente na evidência dos resultados e exibições, preferindo a tese a conspiração, sem, no entanto concretizar.”
Já começo a ficar farto desta conversa da ‘treta’…
Ainda querem q um gajo não acredite em conspirações, qd quem sai de dentro do SCP não fala noutra coisa… Mais uma versão à Octávio Machado. Já são tantas que começam a tresandar.
Agora é a teoria ridícula de que foram 30 'malucos', orquestrados sabe Deus por que gente mafiosa, que provocou a saída da antiga estrutura ‘Sadista’... Coitadinhos deles que não tinham nem um único sócio a apoia-los...Por isso perdiam por 30 a zero!
O q mais impressiona e custa é verificar que para os nossos actuais dirigentes (lá terei q dar o braço a torcer e começar a referir-me a eles como o PB: os nossos ‘administradores’) o Sporting é essencialmente uma empresa. A preocupação maior desta malta é arranjar um investidor para a Sporting SAD, vender o máximo possível de capital social da SAD. Os números já não são novidade: entre 15 e 40% ficam na posse do clube... Aumentar as receitas é que está fora de questão! Esse é um feito inatingível... Talvez como era o Matias Fernandez, suponho.
Sobre o problema maior, o pq de todo este passivo monstruoso que não baixa nem à lei da bala, é q não mereceu nem uma mísera palavrinha... Tantas páginas de entrevista e nadica de nada sobre esse assunto. Sendo assim continuo sem saber as suas causas; e sem saber como foi possível atingir aqueles números, continuo sem saber se hei-de confiar nesta classe de 'administradores' modernos. Recordo que MRT foi substituído na SAD por outro artista que mantém a msm linha de pensamento, se é que não é (ainda) mais radical na forma de observar o nosso Sporting, cada vez mais visto como uma Sociedade Anónima e menos como um clube desportivo.
SL!
"O Sporting ou aumenta as receitas ou tem de ter um investidor."
ResponderEliminarO MRT é um "génio", porque "ninguém" se tinha ainda apercebido de tal. Mas como se propunha a fazer isso, da maneira que estava a equipa? As receitas estavam era a cair a pique, e a aparecer um "investidor", o Sporting estaria em condições negociais de fraqueza. Feito o diagnóstico, porque não foram capazes de actuar em conformidade? Porque não foram capazes de perceber que para chegar a esse desígnio tinham de começar por mudar a equipa técnica?
E finalmente, para que não haja dúvidas relativamente ao palmarés, a melhor década da história do Sporting foi a década de 40 (5 campeonatos e 5 Taças de Portugal), seguida da década de 50 (5 campeonatos, incluindo 1 tetra, e 1 Taça), seguido da década de 60 (3 campeonatos, 1 Taça de Portugal e uma Taça das Taças), seguido dos anos 70 (2 campeonatos e 4 Taças de Portugal), e só depois vem a década actual (1 campeonato, 3 Taças de Portugal e 3 Supertaças). Os anos 90 têm 1 campeonato (1999/2000), 1 Taça de Portugal (1994/1995), e 2 Supertaças (1994/95 e 1999/2000) e os anos 80 1 campeonato, 1 Taça de Portugal e duas Supertaças. As coisas são que são.
Virgilio,
ResponderEliminar"Agora é a teoria ridícula de que foram 30 'malucos', orquestrados sabe Deus por que gente mafiosa, que provocou a saída da antiga estrutura ‘Sadista’... Coitadinhos deles que não tinham nem um único sócio a apoia-los...Por isso perdiam por 30 a zero!"
Se se sentiram sem apoio foi é muito bem feita, nunca apareceu a apoiar a equipa nem o treinador, nunca deu a cara para defender quem fosse, e agora queria o que? Que os sócios fossem apoia-los? eles que apoiassem também o grupo de futebol. Só tiveram o mesmo que deram aos outros. Isto acreditando em orquestrações...
esta entrevista está muito, mas mesmo muito longe de ser a palhaçada que foi a entrevista do pb ao record. fica, no entanto, uma questão de fundo a que me faz divergir de mrt: mrt não percebe que o sporting pode, deve, tem que pelo menos tentar jogar melhor. E a resignação ao mau futebol da era bentiana é que estava a matar o sporting. Daí que os 30 a zero sejam a grande expressão da entrevista. Eram mesmo trinata a zero. O retrato de um clube magnífico, único, irrepetível, no qual quase toda uma família leonina via o óbvio (e por isso não mexeu uma palha para defender o status quo, mas apenas trinta causavam desacatos. JEB e MRT deviam perceber uma coisa - eu, e como eu muitos sportinguistas, não apoiei JEB por causa de PB, mas APESAR de PB. E já tenho pensado muito se votei bem, embora continue a esperar que sim.
ResponderEliminarRui Moreira
Nem me apetece comentar.
ResponderEliminarAgora quero mais é esquecer que foi necessário esperar tanto tempo para estes Snrs. abandonarem o clube a quem, neste momento, lesavam mais do que beneficiavam.
Aliás, nunca me lembro de ter passado pelo Sporting um treinador que, prejudicando-o, tivesse deixado tantos orfãos como este.
Eu continuo a ser... do Sporting.
O que me parece evidente é que a estrutura da SAD foi montada tendo por base as ligações pessoais e não, como devia ser, com o objectivo de defender os melhores interesses do Sporting. O seu verdadeiro lider era obviamente PB e a sua saída implicou a saída dos que por ele eram liderados. Esperava mais de MRT, embora perceba o fardo que é ser dirigente neste momento do clube.
ResponderEliminarJulgo que estamos na situação perfeita para mudar o paradigma dos últimos anos e investir num elemento profissional, remunerado obviamente, com conhecimento de mercado e que não seja um "rookie" no meio futebolistico. Poupavamos os sacrificos pessoais e profissionais a um Sportinguista e ganharíamos em traquejo e bem fazer. Quem? Boa pergunta. Avançar com um nome, nesta altura, é o mesmo que o lançar à fogueira.
LdA,
ResponderEliminarconforme prometido, aqui estou a comentar a entrevista do MRT. E por aqui me fico, porque há mesmo muito pouco a dizer, tal a ligeireza com que abordou questões estruturais e questões estruturantes.
Fica a ideia - desde sempre - que MRT é uma pessoa bem intencionada, sportinguista, conhecedor do futebol mas que não sabe ousar. E quando se fala em ousar, não se deve pensar em contratações de jogadores, mas em conseguir criar os laços suficientes para mudar o futebol português. Dias da Cunha, ainda que manietado pelo Benfica, percebeu que era necessário ao Sporting mudar o paradigma do futebol português por forma a voltar a ser campeão. Mudar as esferas de influência, mudar o centro do futebol do norte para o centro ou o sul do país. MRT sempre preferiu esperar pelo mal para se poder queixar. É uma posição de perdedor e perdedores não devem estar no Sporting.
No resto, já é a enésima vez que se ouve falar da pretensa "hegemonia falhada" com a saída de Jardel. Isto não é apenas falacioso, é errado. Ao Jardel aconteceu muita coisa, aconteceram coisas diferentes que ao Niculae, mas o certo é que nesses 6 meses perderam-se dois jogadores para a alta competição. Nunca mais voltaram ao topo. E a culpa é dos "maquiavélicos"?
A culpa é de quem quis meter os ovos todos no mesmo cesto: é que com o que se tinha gasto no Niculae e no Jardel, com o que se pagava ao Barbosa e ao JVP, teve-se que transferir o Hugo Viana, o Quaresma, o Ronaldo e o Danny. A época 2003/2004 inicia-se, com Fernando Santos, com 3 reforços brasileiros (Liedson, Rochemback e Polga), mas com uma aposta - com influência directa de um Torneio de Toulon ganho por acaso, pois se não tivesse sido essa vitória teria sido o Hugo Machado a entrar na equipa, era o único da equipa B que se perfilava para o plantel sénior - em Custódio, Miguel Garcia, Lourenço e Carlos Martins para o plantel principal.
MRT há de explicar a todos os sportinguistas a razão da alteração da política desportiva do clube com FSF. É que faz-se crer que era a mesma, mas não é. FSF quis criar condições para que os jovens talentos ficassem no clube mais tempo, para que pudessem crescer. MRT e JEB, no seu 1º reinado, esmagaram financeiramente o clube para as épocas em que lá estiveram e as que vieram a seguir.
Hegemonia? Hegemonia só se consegue com sustentabilidade. Isso, o FCPorto conseguiu perceber e MRT não. Porque as grandes estrelas da equipa que pretendia hegemónica custavam muito e não tinham mercado: André Cruz, Babb, Beto, Rui Jorge, Pedro Barbosa, JVP. Niculae, Jardel, Paulo Bento, Rui Bento... quantos titulares em 2001/2002, quanto renderam ao clube? ZERO. Um plantel destes não é sustentável porque as receitas correntes não chegam para o pagar.
Está aqui - Virgílio - parte da história dos milhões perdidos. Mas esta história não interessa contar. E, por isso, nesta longa entrevista, de novo, sabe-se apenas que o MRT é tão reservado que o trajecto de 200m entre o local onde estava e aquele onde seria fotografado teria de ser feito de carro.
Ah! E só mais uma coisa. Ninguém acredita que tenha estado 7 anos no Sporting sem receber. Pode não ter estado na lista de vencimentos do clube ou da sociedade, mas há mais formas de receber. Portanto essa história da carochinha serve mesmo só para tentar enganar inocentes. Mas felizmente, e como MRT reconhece, os sportinguistas têm muita fibra.
PLF, não será parte do problema o Sporting ter mudado de paradigma como do 8 para o 80? Se por um lado antes se apostou em demasia em jogadores caros e sem mercado, e depois a ausência de títulos e actuações positivas nas competições europeias não proporcionou o aumento das receitas necessário para cobrir o investimento que o Sporting havia feito no início da década, por outro lado a “política” de Soares Franco, que foi imposta pela falta de crédito, resulta numa actuação insuficiente no mercado, em termos de qualidade e quantidade. Assim o Sporting tem de recorrer a jogadores da formação que não deviam estar ainda na equipa principal, ou que nunca terão qualidade para lá estar de todo.
ResponderEliminarO estrangulamento a que estamos sujeitos devido aos erros de gestão no início da década., agravado pelo falhanço da experiência Paulo Bento (que afectou a militância leonina, significando uma quebra adicional nas receitas, ainda por cima num clube que tem de pagar um estádio novo) levou ao desastre total, evidenciado pela classificação no campeonato. O equilíbrio entre o mercado e a formação é o desejável, o problema é chegar lá, enquanto não se conseguir superar as limitações financeiras.
Lionheart,
ResponderEliminarAcho impossível medir a correcção da política propugnada pelo FSF quando não há meios para a implementar.
A ideia de reter os talentos formados em casa o tempo suficiente para (i) se valorizarem adicionalmente, (ii) não serem forçados a sair por uma política que precisa de tapar os buracos financeiros cavados anteriormente e (iii) para retribuírem desportivamente pelo tempo adicional que permanecem no clube, parece-me boa, mas precisa de tempo para implementar e de uma situação financeira (à partida) estável.
Em qualquer dos cenários, com ou sem inversão da política, o Sporting teria de contratar jogadores de baixo custo para compor o plantel, na medida em que não tem capacidade (com ou sem venda prematura dos valores que cria) para ir ao mercado.
A ideia que tenho é que a ideia de FSF é boa e é paulatinamente minada pelas despesas - ainda que de pequena ou média dimensão - efectuadas em jogadores que provêm de fora do clube e que acabam por pesar (grão a grão) decisivamente nessa incapacidade de contratar com critério.
O exemplo do LG18 é paradigmático, mas não é o pior. O AM55 - digo de há muito - não sendo um grande jogador, é melhor do que o LG18. E não custou €4M e deve receber menos de metade por mês. A diferença entre promover o Tiago Pinto e o AM55, ou manter o Ronny, e contratar o LG18, é que são todos jogadores (ainda) sem nível para jogar no Sporting, mas só o LG18 custa - ao longo do seu contrato - algo como €5M a €6M. Junte todos os Kokes, Caicedos, Motas, Buenos, Paredes e Farneruds e vai ver que o problema do Sporting não é ter jogadores da cantera sem nível. É ter jogadores contratados sem nível. E é um problema porque os da cantera não ocupam espaço financeiro, enquanto os contratados ocupam.
(continua)
Por isso é igualmente ridículo que um dos responsáveis pelo descalabro financeiro do Sporting - MRT entrou para a SAD em 1999 - venha dizer que os jovens precisam de jogadores mais experientes para estabilizar o seu valor. Aceito que isto seja verdade mas não aceito que ele o diga, na medida em que foi ele (em conjunto com a sua equipa) que tornou isso impossível.
ResponderEliminarO Sporting passou a apostar em jovens porque não tinha alternativa e (ao mesmo tempo) porque percebeu que a sobrevivência neste negócio pressupõe aquilo que havia referido - sustentabilidade. E a sua sustentabilidade está, desde há muito, ancorada na sua formação.
Agora, o que estes senhores deviam ter tido era tomates para assumir o descalabro financeiro a que acometeram o clube e corrigi-lo. Fizeram isso? NÃO. Porquê? Porque sempre souberam que não seriam eles a fechar a porta, que sairiam antes disso.
Quer um exemplo? Este exemplo ando a repisá-lo há 2 temporadas. Fazia sentido o Sporting aumentar o orçamento da época 2008/2009 em relação à época 2007/2008? Não, porque era evidente que esse aumento da despesa teria um efeito na época seguinte (2009/2010) em que a probabilidade de obter as mesmas receitas que em 2008/2009 era substancialmente menor, devido ao novo formato da LC. Isto é, o que um gestor responsável e criterioso deveria ter feito, constatando que a probablidade de obter receitas no ano seguinte era menor, era de adequar os seus custos ordinários àquilo que - em circunstâncias normais (sendo a normalidade um meio termo entre o sucesso e o insucesso na LC, face ao poderio desportivo do Sporting) - o Sporting conseguiria realizar em receitas na época seguinte. O que se fez? Contrataram-se o MC12, o HP23 e o Rochemback, ao mesmo tempo que se exerceu a preferência (de €4,5M, a pronto) sobre o MI7. Resultado, aumento dos custos correntes e uma despesa (investimento) na ordem dos €8M. Os mesmos €8M que se tinha ganho na LC no ano anterior. E tudo isto quando a SAD já era deficitária sem a imputação das receitas da venda do Nani.
O que estes senhores - JEB e MRT estão neste barco - nunca explicaram é que o (des)equilíbrio que refere entre mercado e formação foi quebrado por anos sucessivos de gestão ruinosa. E depois ouvir o Presidente do nosso clube auto-elogiar-se(?) dizendo que não assumia o risco de jogar tudo na roleta, é de fazer chorar as pedras...
Em suma, enquanto não há equilíbrio possível entre mercado e formação (porque o clube está desequilibrado), privilegie-se a formação. Por muito que os jogadores não tenham (ou tenham pouca) qualidade, custam muito muito menos do que os mancos que vão sendo contratados.
Esse é parte do caminho para a refundação do Sporting. Não é "acertar nas contratações" porque aí a margem de erro é - para todos - grande. E na "margem de erro" podem ir muitos campeonatos perdidos...
Por vezes até se acerta. As contratações de Izmailov e Vukcevic foram acertadas. O problema é que foram dois contra uns quinze ou vinte que só deram despesa. E aí vamos entrar num campo muito espinhoso e que tem a ver com as formas de receber, de quem diz nada receber. É por isso que devia ser feita uma auditoria independente. Sempre poderia servir de dissuasão para o futuro, porque a impunidade tem sido um cancro no Sporting...
ResponderEliminarLionheart,
ResponderEliminarprecisamente! Também acho que se acerta. O problema é mesmo a existência de uma margem de erro (nas contratações) perante um clube que não tem margem de erro.
Portanto, a menos que se quisesse inverter a lógica do mercado (das contratações) e tornar o Sporting um clube único em que todas as contratações são um sucesso (ou die trying, literalmente), a única estratégia viável, que minimiza o risco e assegura o futuro, é a de apostar nos jovens da casa... Por exemplo, em vez de se renovar com o PS5.
PLF, é possível ir tendo "sorte" com alguma regularidade. Se houver boa fé, as negociações forem bem feitas e os jogadores bem observados, creio que se consegue eliminar a vinda da "palha" em barda, pelo menos. É preciso também explicar aos sócios que o Sporting não pode contratar muitos jogadores, para que não haja as tradicionais depressões de início de época quando vemos os outros a desatar a contratar e nós não. Mas ao mesmo tempo que as pessoas vejam progressos, porque não se pode criar a ideia que desistimos de lutar pelas competições porque gastamos menos dinheiro que os outros. E isto tudo tem de ir dar a algum lado. O objectivo é a recuperação, não a "adaptação" permanente a uma situação em que estamos inferiorizados. É que ouvindo falar algumas pessoas, que agora têm responsabilidades no Sporting, dá a ideia que já nem pensam noutro cenário que não a habituação.
ResponderEliminarRelativamente ao exemplo que deste do Pedro Silva, por acaso confirmas o que o Paulo Bento disse quando foi entrevistado pelo Paulo Garcia da SIC? Não vi a entrevista, mas ao que se diz, quando questionado sobre porque se renovou com o PS, Bento terá dito que foi por causa deste ter atirado a medalha ao chão na final da Taça da Liga. Nem sei que diga...
Julgo que a primeira vez que vi alguém colocar correctamente o problema das contratações no Sporting foi num comentário na CL do PLF, em que alertava, entre outras coisas, para o facto de estarem a ser os jogadores da formação, juntamente com Liedson, a suportarem, com o seu desempenho, as prestações da equipa.
ResponderEliminarPara lá de dinheiro mal gasto nunca chegamos a ter retorno dos jogadores que deveriam aportar maturidade e experiência à equipa. P. Silva, Caneira, Polga, Angulo e eventualmente Postiga, acabarão por sair como saíu Derlei, deixando um rasto pesado do lado do passivo.
Embora julgue que é possível fazer muito melhor a este nível, e a contratação de Matias prova-o, concordo com a ideia de que a aposta na formação é a que menos risco oferece e maior retorno proporciona. No entanto apostando nos bons jogadores de formação, proporcionando-lhes uma boa entrada na fase sénior, (que não me parece assegurada com o protocolo com o Cacém,) juntamente com contratações para lugares considerados chave, ou que a formação não ofereça soluções é um modelo passível de dar bons resultados.
Mas nem a formação nem as contratações resultarão, e logo o nosso futebol, se acima deles não houver um bom aproveitamento e valorização. Não foi isso que se viu nos ultimos anos e sem isso não haverá aumento de receitas. Nani foi a excepção, como se vê.
LdA,
ResponderEliminarJulgo que querias dizer Massamá.
LdA,
ResponderEliminaruma vez disse ao JPV que a política desportiva do Sporting estava errada, entre tantas outras coisas, porque só vendia Ferraris e nunca vendia Renaults.
Na CL falou-se, de forma totalmente desfasada da realidade, da possibilidade do Sporting conquistar ou criar um mercado intermédio (em Portugal) com os frutos da sua formação. Mas o que é certo é que o Sporting tem vendido muito bem, e muito raramente vende os jogadores ao preço que compramos outros. Porque não é o Sporting a vender um LG18 por €4M? É possível (mas não pode ser o LG18, porque esse já mostrou que não vale os tais €4M)!
Há outra coisa que diz que é do maior relevo: aproveitamento e valorização. Há algo que é inquestionável, é que não há valorização se não se tentar jogar futebol. E isso era o que acontecia com PB. Também por isso não se podia aceitar que, mesmo perante adversários muito inferiores, o Sporting se exibisse de forma tão fraquinha.
A cultura do espectáculo, o modelo de jogo que gosto de chamar Modelo Sporting - que é diferente do que aquele que PB e Barbosa queriam incutir nas camadas jovens do clube - é um modelo de jogo positivo, que explora a totalidade do campo, que se funda na qualidade técnica dos jogadores, na sua capacidade de trocar a bola, de criar espaços, de desequilibrar individual e colectivamente. Esse é o modelo que o Sporting tem de fazer regressar para fazer valer as suas melhores armas. Esse é o modelo do Barcelona.
Não sei se poderei assistir ao jogo desta noite com o Inter, mas estou especialmente curioso em ver como jogaria o Barça sem o Zlatan e o Messi. Porque a cultura de jogo do Barcelona transcende as suas individualidades, estou certo que qualquer Pedrito, Bojan ou Iniesta porá a (experiente) defesa do Inter em sentido. Tanto quanto a qualidade individual, importa saber para onde se tem de correr e saber que, para onde se corre, é aquilo que é necessário para criar o desequilíbrio.
Concordo com o PFL, ou fazemos grandes vendas ou não as fazemos, isto não faz sentido.
ResponderEliminarComo não faz sentido ter-se recusado uma proposta de 5 Milhões pelo Tonel, estas oportunidades não podem ser desperdiçadas, como o foi com Djaló e o Vilarreal. O Sporting tem de saber posicionar-se no mercado e saber qual o timing de vender determinados jogadores.
Por exemplo, não acho que se deva aguentar muito mais tempo jogadores como João Moutinho ou Miguel Veloso, ou vamos deixar de ter uma valorização condizente com o valor dos jogadores, mas também é importante a equipa jogar um futebol mais agradável ou de contrario não teremos mercado para os jogadores.
O facto de PB não jogar com extremos é factor para que não seja um treinador que tenha interesse em ser técnico do Sporting, quando não temos montra para o nosso melhor "produto" não é possível pedir grandes vendas.
Agora um pouco off topic, queria agradecer aos editores do A Norte de Alvalade por constantemente scanear as entrevistas de vulto de intervenientes do Sporting, pois muitas vezes só consigo ter acesso as mesmas através daqui. Ainda para mais para quem reside no estrangeiro é fenomenal estas entrevistas.
Algocalves:
ResponderEliminarAs entrevistas não estão aqui por acaso. Este é um blogue de gente que, na sua maioria, vive longe de Alvalade e por isso sabemos o que é essa necessidade de saber novas do clube. Agradeço o feed-back, dá sentido ao trabalho que dá.
PLF:
ResponderEliminar2-0 aos 20m da 1ª parte. Sem desculpas para as ausências de Messi e Ibrah...
LdA,
ResponderEliminaro Barcelona é - ao contrário do Sporting - um clube que não vive à procura de desculpas para falhar. Jogar contra o campeão italiano sem 2 dos melhores jogadores do Mundo e - ao que consta - mostrar o futebol que nos tem habituado tem pouco a ver com os intérpretes e tudo a ver com a filosofia de jogo.
E outra coisa... a mostrar que o tamanho não joga à bola.