Entre o sonho e a realidade
Cai a noite na sexta-feira, dia 4 de Fevereiro de 2011, e com ela a realidade actual deste Sporting que não permite ilusões. Ao invés do estádio cheio e um ambiente quente a acolhedor, da primeira goleada perante o adversário mais fraco da Liga, duma exibição catártica, do clima pacificado e de união em torno do nosso jogador mais carismático, assistimos ao frio das bancadas semi-desertas, a um empate milagroso alcançado no ultimo minuto, à humilhação do melhor futebol praticado pelo ultimo classificado, e um clima tenso, violento, e com clímax final num feroz ataque sobre um treinador (de) negro e que só amainou após o 3 a 3 final. Foi altura de irromper o choro… O vídeo de homenagem com os feitos pouco ‘levezinhos’, o ultimo discurso do 31… E, mais uma vez, ao contrário do que eu imaginara, foi o Liedson que verteu as lágrimas que eu julgara não aguentar conter. Infelizmente contive. Dói ver Liedson partir assim, às pressas e sem ter sido campeão, mas dói muito mais ver o futebol miserável que o Sporting pratica. Ao ponto da revolta se impor a toda uma panóplia de sentimentos contraditórios que vivi na noite da passada sexta-feira e impedir que surgisse em pleno aquele sentimento nobre, agri-doce da nostalgia da despedida.
Uma noite que jamais vou esquecer. Como não podia deixar de ser por motivos díspares, embora não os inicialmente previstos: a enorme gratidão pelas alegrias proporcionadas por Liedson apareceram, mas com ela uma enorme tristeza de ter acabado de assistir aos 60 minutos de futebol mais deprimentes de que me recordo ver, ao vivo ou na Tv, o Sporting praticar. Sim, 60 minutos, porque tinha de ser precisamente anteontem a estrear a sensação de ficar retido fora do estádio no primeiro terço do jogo. Como eu muitas centenas de outros ‘leões’… Da mediocridade geral da noite, salvou-se Liedson e salvou-nos ele da derrota, ao bisar pela última vez em Alvalade… Faz sentido: afinal há coisas que nunca mudam e muito dificilmente nos desapontam.
Obrigado por tudo, Liedson. O melhor que posso fazer é guardar-te num cantinho do meu coração, bem ao lado de Manuel Fernandes, Oceano, Balakov e Acosta.
Virgílio,
ResponderEliminarProcurei-me abstrair do mau jogo e aguardei pelo final. Nesse entretanto fui pensando que, mesmo que fosse por acaso, tudo se conjugou para que um jogador que deixou a sua marca no clube se pudesse despedir dos adeptos e estes do seu ídolo, coisa muito rara ou até inédita nos últimos tempos.
Julgo que o próprio Liedson soube preparar a sua saída valorizando o que realmente era importante no momento de dizer adeus,sendo até surpreendente na resposta ao caso com SáPinto.
Nesse sentido foi de lamentar o duplo cartaz onde se lia Liedson resolve... virar a cara à luta. Feio e revelador da doença que afecta a nação leonina há algum tempo.
Abraço
O liedson... pronto já foi, o Moutinho também.
ResponderEliminarAgora presente.
Os jogadores passam, o Clube fica e, aqui é que eu me perco, será que fica ? Se fica como é que fica e com quem fica?
Sem pessimismos, já tenho anos suficientes de Sporting para dizer que tal coisa nunca tinha visto,ou constatado, este estado amorfo, esta falta de GARRA, esta baralhação, esta falta de jeito para o futebol, falo de toda a estrutura do Sporting e do que está á volta, não quero acreditar que isto está a acontecer com o meu (nosso) Sporting. E o pior é que não vejo como alterar isto, será com dinheiro para contratar jogadores? Mas como, se não há quem os saiba negociar? Candidatos á presidência a 1 mês e meio das eleições e nada ? ... ok temos 1.
Estou mesmo desiludido, muito desiludido, quase com vontade de desistir.
Só espero que aquando das eleições não sejamos apenas uns ridiculos 1000 votantes, assim até eu!!
Saudações Leoninas
Os jogadores passam o clube fica...com que jogadores?
ResponderEliminarAINDA TÊM DUAS PROPOSTAS IRRECUSÁVEIS - UM CARNEIRO SEGUIDOR E O OCULINHOS SUBMISSO
http://conselholeonino.blogspot.com
Pois eu aprovei e percebi bem a dupla faixa... se o Liedson gosta assim tanto do Sporting, a quem tanto deu mas de quem também tanto recebeu, não devia pedir para sair neste momento tão delicado. Percebo, mas não perdoo.
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