O que retirar do 8º desaire consecutivo?
Não se trata de "dourar a pilula" que tanto custa a engolir, ou de um absurdo exercício de transformar uma derrota em vitória. Como ontem dizia Couceiro "não há vitórias morais". E podemos começar precisamente por Couceiro. A forma como preparou a equipa para o jogo e como depois soube interpretar correctamente as incidências da partida fez-me sentir representado. Claro que há quem ache que o agora treinador se escudou na desculpa da arbitragem para justificar a derrota. Se quisesse desculpas tinha-as à mão com o legado que recebeu e as lesões que além de obrigar a mexer em metade da defesa, lhe retiraram possibilidade de intervir no jogo. Esses são os mesmos que 3 dias antes, no mesmo estádio, perderam o decoro e a vergonha ao protestar contra um golo bem anulado e que, face ao resultado conveniente, conseguido in-extremis, depressa foi esquecido. Tivesse o jogo terminado empatado e ainda hoje se ouviria o choro e não haveria papel para limpar a baba e o ranho. Couceiro tinha razões de queixa da arbitragem, digna dos melhores tempos de Carlos Valente, Garrido, Lucílio, etc. O apito de Sousa foi cirúrgico, conseguindo em poucos minutos o que o adversário não se revelava capaz: retirar o Sporting do conforto em que se encontrava. Não há ingenuidade possível que suporte a posição do árbitro: a sua actuação mudou a partir do momento em que o Sporting ficou em vantagem.
Outra ilação a retirar do jogo de ontem prende-se com a qualidade individual dos nossos jogadores e da valia do nosso plantel. Mesmo dando o devido desconto ao facto de se ter jogado um derby, e do que isso representa no desempenho de um jogador, parece hoje consensual que tivemos ontem talvez o mais consistente Sporting da época, mesmo que alguns não tenham percebido muito bem porquê. Muitas das análises que hoje se fazem sobre a exibição do Sporting tendem a por o acento tónico no "ânimo", no "maior empenho" e "galhardia", quando as melhorias notadas não foram por correr mais do que já se havia corrido no derby anterior ou contra os escoceses. Provavelmente correu-se melhor. Não temos o melhor dos plantéis, é certo, mas grande parte dos jogadores está nitidamente desaproveitado, o que concorre para a sua sub-avaliação. O problema, como insistentemente aqui temos tentado demonstrar, é de origem colectiva. Da mesma forma que um jogador medíocre pode parecer bom num bom colectivo um bom jogador parece mau numa má equipa. O exemplo de Evaldo é paradigmático. Pareceu bom no melhor Braga de sempre e fica quase tão mau como Grimi num colectivo deficiente e entretanto já voaram 3 milhões. Fosse o André Marques as dar as casas que ele tem dado...
Este raciocínio parece-me ainda mais importante num momento eleitoral, propicio à demagogia. Aos adeptos também cabe a missão de defender o património do clube que não pode ser desbaratado em aventuras ou para satisfazer caprichos de directores desportivos ou treinadores. Por vezes olhamos para a nossa galinha achando que é mais feia que a da vizinha. Alguém lembrava há dias o exemplo do Nani e do Anderson. Foram ambos vendidos no mesmo ano ao Manchester e todos acharam que o Sporting fez um grande negócio, havendo certamente entre nós quem tenha ficado por um lado aliviado e por outro lado estupefacto pelo valor pago pelo Manchester, quiçá com a satisfação saloia de quem vendeu gato por lebre. Passados estes anos o que se verifica é que, tendo em conta o rendimento de ambos, o Manchester comprou a desconto um grande craque (Nani) e caro de mais uma promessa de grande jogador que tarda em cumprir o destino que lhe apontavam.
Não temos já jogadores como Nani para vender. Alguns que o prometiam poder vir a ser estão por aí meios perdidos e até já sem vinculo ao clube. E convenhamos que não pode haver Nanis todos os anos, tal como não há "vintages" todos os anos. Mas há valor neste plantel que, se se quiser reforçado, tem que ser aproveitado como base. Era tempo de os Sportinguistas ligarem menos aos mitos urbanos que, por conveniência, por ignorância, estupidez ou pela piada fácil nos atiram areia para os olhos.
subscrevo
ResponderEliminarBom post.
ResponderEliminarNota-se como do dia para a noite a diferença entre ter um forcado ou um treinador (mesmo nao sendo dos melhores) no banco.
SL
"Não há ingenuidade possível que suporte a posição do árbitro: a sua actuação mudou a partir do momento em que o Sporting ficou em vantagem." Com um golo em fora-de-jogo.
ResponderEliminarChora chora leãozinho.
"Foram ambos vendidos no mesmo ano ao Manchester e todos acharam que o Sporting fez um grande negócio, havendo certamente entre nós quem tenha ficado por um lado aliviado e por outro lado estupefacto pelo valor pago pelo Manchester, quiçá com a satisfação saloia de quem vendeu gato por lebre."
ResponderEliminarE não foi um grande negócio? Claro que foi. Conseguir vender um jogador acima da sua cláusula de rescisão tem que ser considerado um grande negócio atendendo à inabilidade das sucessivas Direcções em negociar e o montante recebido.
Quanto aos que terão ficado satisfeitos por vender gato por lebre, poucos terão sido os Sportinguistas a pensar assim. Dos que conheço nenhum o fez pois todos sabíamos o jogador que já na altura era e o que poderia evoluir, com um treinador como Alex Fergunson.
Aliás vi mais exagero na apreciação ao Anderson, chegando a ler inclusivamente que era o melhor estrangeiro a alguma vez ter jogado em Portugal. Ele sim, tinha mais o que provar que o Nani.
Bom post, com a ressalva apontada pelo jvl.
ResponderEliminarJosé,
para além dos problemas de miopia vai lá pastar para os blogs a teu gosto.
Não há ingenuidade possível que suporte a posição do árbitro: a sua actuação mudou a partir do momento em que o Sporting ficou em vantagem.
ResponderEliminarSecalhar porque viu a merda que fez ao intervalo... Postiga está em fora de jogo no golo.
jvl e Mordomo do Império,
ResponderEliminarO Nani no ano em que foi para o ManUtd era talvez o 2º jogador mais assobiado em Alvalade, a seguir ao Farnerud. Isso diz tudo.
Foi um bom negócio? Claro que foi, foi até acima da clausula de rescisão. Mas a questão talvez até esteja aí, talvez o Sporting não tenha percebido o seu real valor. Pelo menos não soube valorizar tanto como o Fcp valorizou o Anderson.
Jose,
ResponderEliminarEu já não precisava de provas, mas obrigado mais uma vez, por mostrar o quão idiota pode ser um lampião.
PPPUUUUUUUMMMMMMMMMM!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarDesculpem lá, é só uma experiência, dizem que um disparo para o ar espanta a passarada...
LdA,
ResponderEliminarTirando os 20 minutos iniciais e a jogada do remate do Matías no final, só defendemos e fomos incapazes de construir jogo. Daí a ser o melhor Sporting da época... E que tal o da recepção ao Porto? Ou o da vitória em Lille?
Sejamos francos: no estado em que estamos, desde que evitasse uma derrota humilhante (estilo 4 ou 5-0), Couceiro ficava sempre bem na fotografia. Num certo sentido, esta era o jogo mais fácil dos que restam ao Sporting 2010/11, porque ninguém esperava nada de positivo dele. E o resultado foi perfeito para Couceiro. Fica com a aura da vitória moral (que vem mais do golo da derrota ter sido marcado no último minuto, do que propriamente da eventual injustiça do resultado), sem o ónus de ter de disputar uma final e correr o risco de uma derrota humilhante frente a Paços ou Nacional - duas equipas que, entre elas, somam três vitórias em quatro jogos contra nós esta época.
Mas fazer quatro remates e ficar na expectativa durante o resto do jogo não vai bastar nos jogos do campeonato que restam, onde a motivação é quase nula e a equipa vai ter de assumir o jogo e ir à procura da vitória.
Quanto a não falar no legado, parece que não conheces o personagem. Couceiro é uma espécie de mini-Queirós. Se a coisa correr mal, podes ter a certeza que ele fará questão de dizer que a culpa é de todos menos dele.
Concordo globalmente... apenas acho prematuro e exagerado tanto elogio rasgado ao Couceiro. Da minha memória futebolística nada de grandioso ressalva da sua presença no futebol, excepção para uma época no V. Setúbal (treinador), mas isso são outras as necessidades. Recordo sim, e de forma negativa, da sua primeira passagem por Alvalade. Obviamente, que é um ser muito melhor formado e inteligente que o Paulo Sérgio, mas daí a ser uma solução garantida para o futuro do clube, vão anos-luz! Utilizarem como factor relevante o facto de ser sobrinho-neto (ou seja lá o que é) do Peyroteo é o maior não argumento (para ser simpático) que, de forma demagógica, alguém pode referenciar. Eu sei, que em momentos de angustia, até a visão nos atraiçoa, qualquer pequeno reflexo pode parecer o reluzir de um enorme pote de ouro, mas, normalmente, não o é!
ResponderEliminarReafirmo que a equipa, ontem, não esteve brilhante... nos outros jogos é que esteve vergonhosamente mal!
Por último, cheguei a ler que o contrato do Couceiro era solidário com a "presidência" do JEB (ou seja tinha validade enquanto o "Presidente" exercesse as respectivas funções), descubro agora, na primeira pessoa, que o contrato é válido até 2013. Mais um custo enorme que terá de ser suportado, caso a equipa vencedora tenha outras ideias. Depois queixam-se que não há dinheiro para coisas úteis ao clube!!
E parece que já toda a gente começa a esquecer o passado recente...
Memória não pode [nunca, e muito menos agora] ser extra dispensável!!
LdA,
ResponderEliminarO Nani era assobiado não pela sua falta de qualidade mas sim quando se agarrava em demasia à bola e fazia asneira.
Não há jogadores que não tenham sido assobiados, pura e simplesmente.
Já o Farnerud...não consigo explicar. Acho que era mesmo embirração.
LMGM,
Pelos vistos resultou. ;)
Pedro,
ResponderEliminarA análise que fazes parece-me injusta e vem na linha do que vi fazer na generalidade dos jornais. Há quem diga que o SLB esteve menos eficaz e que não jogou tão bem como é costume mas não percebe porquê. Quanto a mim esse menor fulgor também passa pela forma como o Sporting soube contrariar o jogo do deles. E contrariamente ao que muitos vaticinavam conseguiu-o durante um tempo muito razoável.
Não foi o jogo dos meus sonhos mas foi o jogo possível atendendo ao que o antecedeu. Era possível fazer muito mais do que apresentarmo-nos com dignidade? Parece-me difícil, tendo até em conta que na jogada anterior ao golo que nos eliminou podíamos ter resolvido a eliminatória.
Quanto ao jogo em si não fizemos apenas 4 remates. Tentei encontrar a estatística do jogo mas não tive sucesso, mas hoje de manhã ouvi que numa das rádios que o Sporting tinha até mais remates que o SLB.
Fui fazer eu a própria estatistica e fizemos de facto 4 remates na direcção da baliza e 5 para fora no total de 9, com 1 golo obtido.
O SLB fez 5 remates à baliza, penalty incluído e 3 para fora num total de 8, com 2 golos obtidos.
tz,
ResponderEliminarO elogio que faço a Couceiro foi e cito "A forma como preparou a equipa para o jogo e como depois soube interpretar correctamente as incidências da partida fez-me sentir representado."
Ou ontem: "foi apenas preciso um pouco de bom senso e uma leitura correcta das nossas possibilidades e das virtudes e vulnerabilidades dos adversários."
Quanto ao valor de Couceiro o que melhor conheço foi uma boa época no Alverca. A passagem pelo FCP foi à Carvalhal, foi ali posto para chegar ao fim da época , como terceiro treinador da época. Poderia ter tido sucesso, ou por outra, pode ser considerado 1 fracasso?
Mas não sendo um conhecedor das capacidades de Couceiro e lembrando-me também da passagem de Carvalhal pelo Sporting sei que na generalidade há alguma antipatia quando não crueldade com os que nunca triunfaram e o caso de Carvalhal parece-me ser um desses casos. Se o é Couceiro não sei. Recordo que ele devia agora ser o DGeral e não o treinador.
Leão;
ResponderEliminarObviamente respeitável a sua visão.
Eu tenho uma visão de ambicionar um SPORTING de excelência e nesse SPORTING de excelência não cabem nem Carvalhais, nem Paulos Sérgios, nem Couceiros...
E antes que apareça o argumento financeiro, relembro apenas que o dinheiro investido no Pongolle teria dado para contratar e pagar um treinador do top mundial durante 3 ou 4 anos!!
Parece-me que se estão a tirar conclusões a mais do jogo de ontem. Nenhum treinador é bom (ou mau) por dois dias de trabalho, o jogo foi um derby, melhor foi "o" derby, um jogo que tem toda uma capacidade própria de gerar emoções, heróis e bandidos.
ResponderEliminarO próximo jogo em Alvalade, contra o Beira Mar, sem qualquer motivação extra, será muito mais conclusivo.
O problema com Couceiro é ele ainda ser o Director Geral e de que forma isso vai ser gerido dia 27 de Março.
LMGM,
ResponderEliminarTer uma boa ideia (e a estratégia de jogo pareceu-me acertada) é sempre melhor do que não mostrar nenhuma. E com isso, o Couceiro em dois dias de trabalho já mostrou mais do que o Paulo Sérgio.
Não significa contudo que tenha sempre boas ideias. É isso que cá estaremos para ver. Mas também não vale a pena estar a menosprezar um bom princípio.
PLF, eu também gostei, falei de conclusões "a mais", há condicionantes próprias deste jogo que transcendem o treinador e 2 dias...
ResponderEliminarCouceiro é um treinador superior a PSérgio? Penso que sim. É um treinador em quem o Sporting deve apostar mais do que este período de transição? Penso que não, incluindo por não existir vontade do próprio. Era o treinador que o Sporting devia ter escolhido para este curto período? Também penso que não, eu teria apostado no Lima.
Correu bem a primeira experiência? Menos mal, a equipa reagiu, melhorou, mas perdeu... Domingo é um teste muito mais complicado.
Couceiro arriscou estragar (de novo) a sua carreira como dirigente, o corte com a carreira de treinador devia ser vincado, abriu a caixa de Pandora para um seu próximo subordinado o ver como um concorrente, como Sportinguista agradeço e lembrarei esse facto no futuro (próximo e distante).
P.S.- Dois muito bons artigos na Bancada (o de ontem e o de hoje).
LMGM;
ResponderEliminarTotalmente de acordo...
oh Propek Secalhar porque viu a merda? Secalhar isso é o mais natural de ver para aqueles lados
ResponderEliminarCaros,
ResponderEliminarChego tarde à discussão, mas, apesar disso, gostaria de lançar algumas ‘achas’:
Não me lixem com essa teoria da motivação própria de um derby… Nisto que estamos a discutir hoje, JC vs PS, não cabe essa teoria. É que eu não me esqueço que passaram muito poucos dias que disputamos o mesmo derby tendo PS como treinador. E as diferenças no comportamento / exibição da equipa foram abissais.
A não ser que se considere um derby para a Taça da Liga jogado na Luz muito mais motivador para os nossos rapazes do que um jogado perante os seus apaniguados, em pelno Alvalade e para o campeonato…
Outra ‘acha’:
Não sei se JC é um gde treinador, ou mediano, ou sequer uma bela bosta como o PS (não acredito, ainda assim, nesta ultima possibilidade), mas comparando os jogos importantes que o SCP realizou esta época, não encontro 1 (UM) único exemplo duma exibição semelhante à de ontem com o PS ao (des)comando da equipa. Mas o importante não é a avaliação que é feita a JC enquanto treinador, pq de certeza que na próxima época, a continuar no SCP, não o fará nessas funções.
Para mim, o que é realmente meritório de realçar é a dignidade que Couceiro demonstrou ao aceitar treinar o SCP. Repare-se que qd entrou para DG do SCP, afirmou que não vinha para treinar o SCP, e estou absolutamente convencido da autenticidade dessa sua intenção. Ele vinha para retomar a sua carreira de dirigente desportivo. Depois de todos os eventos passados num tão curto espaço de tempo sobre a sua entrada no SCP: saída de JEB, de Costinha, de PS, viu-se na contingência de ter que assumir o comando técnico da equipa, correndo enormes riscos (de desgaste da sua imagem, ao ponto de ferir de morte a sua continuidade no clube). Como já disse, fê-lo contrariando inclusivamente a sua própria palavra, episódio que, no caso das coisas correrem mal (atentem no calendário que falta cumprir ao SCP…), não tenho gdes dúvidas que servirá de mais um argumento acusatório por parte de malta que depressa se esquece das ‘peculiaridades’ da / na assunção do cargo que agora ocupa. Julgo que JC, não sendo, de todo responsável pela miserável época que o SCP leva, teve aqui uma atitude reveladora de carácter. Se pensasse apenas nele próprio, fazia o ‘manguito’ ao Nobre Guedes, mandavo-o pastar e este que desenrascasse outro gajo qlq… O Lima, p.e., podia avançar assumindo muito menos riscos (ou mesmo nenhuns) do que Couceiro. Nas actuais circunstâncias eu aceito pacificamente que JC era a melhor solução para o SCP pq, apesar de td, tem outra experiência q Lima não possui(que eu saiba nem sequer tem experiencia enquanto técnico principal fora dos escalões de formação…).
Independentemente de ser ou não aproveitado, ou considerado elemento válido pelo futuro executivo (CD) do SCP, eu não esquecerei o gesto de JC e fico-lhe grato por esta atitude que ele demonstrou para com o SCP.
tz – hoje sim, já gostei mais de te ler. Com participações valorosas. Picou-te a mosca, ontem? Se assim foi, compreendo… não é fácil digerir tanta caganita q as aves tiveram ontem na ETAR.
SL
Malta,
ResponderEliminarCompreendo o alívio de evitar um massacre. Mas repito que não achei o jogo nada de especial. Os jogos com o Porto em casa ou o Lille fora foram bem melhores - e isto só para falar de adversários com mais qualidade.
E não esquecer que perdemos. Num clube que chegou onde chegou também porque se celebravam 2os lugares como títulos, percebam o pânico que causa ouvir elogios só por se perder por poucos com o Benfica...
As minhas reservas sobre Couceiro vêm do seu percurso com treinador, que é muito pobre (passagem sem história pelo Porto, descidas de divisão com Belenenses e Alverca). Na verdade, é ainda mais fraco que o do Paulo Sérgio antes de vir para o Sporting! Obviamente que lhe desejo a melhor das sortes, até porque não nos podemos dar ao luxo de ficar fora da Europa. Precisamos de reconstruir a equipa quase do zero e trazer treinadores e jogadores a sério sem a perspectiva de futebol europeu é muito mais difícil.
Se calhar é também reacção de quem está escaldado de tanta asneira. De há sete anos para cá, parece que o critério para a escolha de um novo treinador é que ele seja ainda pior do que o anterior. De tal forma que mesmo que Couceiro seja melhor do que Sérgio (e não tenho a certeza disso), isso diz-me muito pouco, de tão mau que foi o tempo deste último à frente do Sporting.
Quanto ao mérito da decisão de tomar o comando, o que arrisca ele? Se correr bem, fica com o capital de ter evitado o colapso final. Se correr mal, pode sempre dizer que não foi ele que montou a equipa nem demitiu o presidente (o que é verdade).