Perguntas que gostaria de ver respondidas
Durante a semana que hoje finda li com atenção a sugestão do nome de Marcelo Bielsa para o cargo de treinador do Sporting. Devo dizer que desconfio sempre de técnicos sul-americanos. A realidade diz-nos que o se faz do lado de lá é bem diferente do que se passa deste lado da margem atlântica. Em termos de treino e táctica os treinadores europeus estão na vanguarda, como ainda se comprovou no último Mundial. Se as equipas sul-americanas, especialmente as selecções, ainda vão conseguindo responder, fazem-no muito por graça da qualidade individual dos seus jogadores e duma quase infindável capacidade de renovação e de recrutamento de talentos. Não gostaria, por exemplo, de ver o Sporting voltar ao tempo dos 3 centrais, como ainda se vê em muitas equipas sul-americanas. Isso representa o passado.
Várias vezes aqui defendi a ideia de que a melhor solução para o comando técnico do Sporting deveria passar preferencialmente por um técnico experimentado e com curriculum. O conceito vale o que vale, uma vez que mais do que os títulos e curriculum, que afinal representam apenas o passado, valem muito mais num treinador as ideias claras, a convicção e a ambição de triunfar ainda intacta. Mas a ideia de um técnico experimentado está subjacente a uma realidade incontestável hoje no Sporting: sobram na sua estrutura aprendizes e estagiários que acumulam essa característica com a falta de bom senso e uma aparente incapacidade de aprender com os erros.
Apesar de sempre ter contestado a ideia indigente de que o clube não conseguiria contratar um técnico de renome internacional, sou agora levado a crer tal seja hoje muito difícil de o conseguir. Não porque o campeonato português não tenha visibilidade ou não haja dinheiro para pagar os vencimentos respectivos, como muitas vezes invocam os paineleiros difusores da linha oficial. Mas porque o que se tem feito nestas duas últimas épocas tem golpeado profundamente o prestígio do clube tornando-o num projecto para aventureiros e suicidas. Não será de surpreender por isso que os profissionais que ainda anseiem por algo de bom para as suas carreiras queiram distância de Alvalade. E se for assim já para treinadores em breve o será também para os jogadores.
Esqueçam a condição de Sportinguistas que, pela honra de poder fazer algo pelo clube, aceitaríamos de bom grado qualquer tarefa. Pensem como profissionais. Como treinadores. Na hora de escolher um clube como olhariam para o Sporting actual? Quem gostaria de, nessa condição, ter na retaguarda um presidente como o actual e um director desportivo investido de presidente executivo, fazendo do Sporting o seu "private football manager", ao vivo e a cores?
"Apesar de sempre ter contestado a ideia indigente de que o clube não conseguiria contratar um técnico de renome internacional, sou agora levado a crer tal seja hoje muito difícil de o conseguir. Não porque o campeonato português não tenha visibilidade ou não haja dinheiro para pagar os vencimentos respectivos, como muitas vezes invocam os paineleiros difusores da linha oficial. Mas porque o que se tem feito nestas duas últimas épocas tem golpeado profundamente o prestígio do clube tornando-o num projecto para aventureiros e suicidas."
ResponderEliminarConcordo inteiramente e foi por isto que quando soube do nome "Paulo Sergio", não fiquei tão surpreendido...por outro lado, há sempre uma forma de alicia-los....dinheiro e mais dinheiro, faz qualquer treinador entrar num projecto suicida (e quando digo treinador, digo qualquer jogador...trezeguet no hercules por exemplo).
"Na hora de escolher um clube como olhariam para o Sporting actual? Quem gostaria de, nessa condição, de ter na retaguarda um presidente como o actual e um director desportivo investido de presidente executivo, fazendo do Sporting o seu "private football manager", ao vivo e a cores?"
Não vejo isto desta forma, até porque tenho ideia que os treinadores (e jogadores) olham para os clubes de uma forma diferente que os meros adeptos!
SL
"Pensem como profissionais. Como treinadores. Na hora de escolher um clube como olhariam para o Sporting actual?"
ResponderEliminarEu olharia como um desafio às minhas capacidades de treinador. O prestigio que o SCP possa ter perdido em nada diminui a vontade dos treinadores virem treina-lo, se for um treinador minimamente trabalhador e com desejo de mostrar o que vale.
LdA,
ResponderEliminarComo sabes, sempre defendi que a seguir ao PB precisaríamos de um treinador competente, experiente e estrangeiro, de preferência. A escolha recaiu num projecto de treinador. Depois de nos especializarmos em formar jogadores, tentámos sem sucesso o mesmo com presidentes / dirigentes e treinadores. Seria possível não insistirmos nisto?
Leão de Alvalade,
ResponderEliminarO Sporting deve ter um recrutamento global a qualquer nível: jogadores, treinadores, médicos, enfermeiros e mesmo directores. Em todos os que sejam funcionários, apenas quero ver uma característica: a competência. Tudo o resto são floreados.
Como dei conta no meu espaço, as declarações do PS são indignas de alguém que está a representar o Sporting. São declarações na linha das declarações indignas de todos na estrutura e encabeçadas pelo seu Presidente. O mesmo, refira-se!, que tinha prometido deixar este discurso da falta de disponibilidades financeiras de lado em período eleitoral. Mesmo gastando muito e com pouco sucesso, cedo percebeu que a contratação de jogadores é óptima para calar papalvos. Percebeu ainda que os papalvos não se preocupam sequer com o que já gastou e que até estão dispostos a acreditar que se não gasta mais, a culpa é dos anteriores. Como sintetizou tão bem no outro dia, a dívida no Sporting não tem nem pais, nem filhos, nem irmãos conhecidos...
Sem prejuízo do recrutamento no Sporting dever ser global, a história a Norte e a Sul tem-nos demonstrado que é por cá que têm sido recrutados os treinadores campeões e que por cada estrangeiro campeão em Portugal (Trap, Co Adriaanse, Boloni), há dois portugueses (Fernando Santos, Jesus, Mourinho, Jesualdo, Jaime Pacheco, Inácio e, no final desta época, AVB). Ora, aí está um exemplo que vale o que vale.
Agora, reitero também o que já havia referido... a tentação do estrangeiro é um pouco como a tentação do argentino ou do brasileiro, e é tudo muito tipicamente português: achar que se vem de fora é bom, sem parar para pensar se por acaso será melhor (que é o que importa). O facto de ser estrangeiro paga um prémio, o facto de ter "currículo" paga um prémio adicional e se não defendo aventureirismos como os que se verificaram na contratação de jogadores, também tenho de manifestar as minhas reservas relativamente aos treinadores.
Ora, o que se vê por essa blogosfera é de fazer chorar as pedras. Se já é difícil perceber quanto vale um treinador que podemos observar todas as semanas (porque a aferição da sua capacidade depende de um conjunto enorme de factores... por exemplo, ninguém acha o Del Bosque o melhor treinador do Mundo e tem um currículo absolutamente invejável), então aqueles cujas equipas não vemos ou raramente vimos, parece-me impossível para o comum dos mortais. Pelo menos sem a devida reserva, e essa nunca aparece.
No fundo, talvez possa ser replicar o que aconteceu com o Zapater e está aqui tão bem analisado:
http://anortedealvalade.blogspot.com/2010/08/zapater-tocara-rabecao.html
PLF:
ResponderEliminarDe alguma forma comprova-se a minha teoria de que virá aí um novo Pongolle em forma de pinheiro. Este é apenas o primeiro episódio.
A seguir virá JEB dizer-se preparado para fazer mais um sacrifício.
Depois Costinha desencantará mais um jogador, provavelmente com quem partilhou o balneário ou o relvado e não faltará quem exulte com a altura do jogador, com n.º que calça, ou do nº de robalos que consegue aviar numa só refeição.
Resultados práticos: mais um terceiro lugar ou daí para baixo. De facto não nos saiu o euromilhões.
Mas ao PS é bem capaz. Só JEB e Costinha é que parecem ter visto nele o que nem os vimaranenses deslumbraram num ano. Aliás, depois do Bebé, este foi o negócio do ano: vender por 600mil uma equipa técnica que no final do ano seria despedida e, consequentemente indemnizada.
Ambos os negócios com a assinatura Jorge Mendes. Que fará se não fosse amigo do Costinha...
LdA, bom post.
ResponderEliminarSabes também qual é o click que eu acho que falta, nacional só Domingos me agrada (não fui infectado pelo afilhado do Hulk).
O estrangeiro pode ser um melão caro mas trás outras vantagens. Para começar aquilo de que fala o PLF, a nossa mania que o que vem de fora é bom e mesmo algum servilismo. Por exemplo JJ é a excepção que confirma a regra, porque normalmente é preciso ser estrangeiro para vencer vestido de vermelho.
O Simões tipificou bem o problema, contou ele que o Toni por mais alto que falasse, não conseguia que no autocarro só estivessem jogadores e treinadores, bastou a Eriksson dizer isso uma vez para tudo quanto era gente estranha à equipa abandonar o autocarro.
Sobre o teu pacote de perguntas. Para qualquer profissional competente é melhor e mais aliciante pegar num projecto que não seja lider e provocar o seu crescimento, do que manter uma estrutura que já é vencedora a ganhar. O exemplo que costumo utilizar é o Mourinho, ele nunca pegou num projecto campeão (o Inter era mas em condições peculiares de um país onde a justiça funcionou), perfere antes uma equipa ou estrutura válida mas que viva momentos de insucesso. Maior exemplo, ninguém de renome quer pegar nesses clubes após Mourinho, porque sabe que vai ser muito dificil manter a bitola ao nivel que ele deixa.
Neste sentido, acho o Sporting um projecto, bastante aliciante e atractivo para qualquer treinador competente seja lá qual for a nacionalidade. É fácil em Portugal o Sporting estar nas competições europeias, é provavel mesmo que jogue a champions e isso é uma montra ao alcance de muito poucos.
Depois há materia humana mais que suficiente para atacar qualquer competição.
Só na terça-feira é que Paulo Sérgio percebeu qual é a diferença entre perder em casa por 3-2 a jogar em Alvalade e ter o mesmo resultado a jogar na Pedreira aos comandos do mais recente clube grande dos pasquins nacionais.
Não sei se ele já entendeu a diferença...
Marcelo Bielsa, e um treinador com cv mais do q suficiente qd comparado com os carvalhais e sergios.
ResponderEliminarPor ca so m ocorre o paciencia, e mesmo esse esta na linha do bento.
Se for para arriscar então o leonardo jardim pelo menos tem um discurso ambicioso!
de qq maneira julgo que enquanto a incompetencia de quem nos dirige continuar a governar os nossos destinos, podia vir o mourinho que não ganhavamos nada.
aacluf e LMGM:
ResponderEliminarTambém acho o Domingos inferior ao PB, mas, embora não morra de amores pela sua concepção de jogo, parece-me que estaríamos melhor servidos do que o vem fazendo Paulo Sérgio. Seríamos mais competitivos quase de certeza absoluta, valendo o que isso vale em futebol.
LdA, isso já é outra discussão (porque é que Paulo Bento já não é treinador do Sporting), como ele disse vai ser muito dificil ele regressar a Alvalade, logo, por muito que goste das suas qualidades nem entra no meu baralho nos próximos 10 anos.
ResponderEliminarNão acredito em fantasmas ... está morto e enterrado. Só gostava que me tivesse sido dada a oportunidade de lhe agradecer com o meu aplauso a sua carreira profissional em Alvalade.
É uma pena o seu trabalho de sapa ter sido desbaratado, agora pouco há a fazer, tem que ser construido de novo.
LdA,
ResponderEliminarDiscutir treinadores é sempre muito bom porque o treinador para nós continua de entre todas as lideranças que existem num clube aquela que mais nos encanta e aquela à qual oferecemos mais crédito. 9 em cada 10 adeptos não se importariam de ter um presidente mau desde que tivessem um treinador muito bom, ou um treinador que entendessem como muito bom.
É importante. É como quando tínhamos 12, 13 ou 14 anos e comprávamos todos os dias os jornais para ver quem seria o novo jogador do Sporting, ou o novo treinador do Sporting. Era uma sensação agradável e o futebol vive muito disso: capacidade de regenerar esperanças.
No Sporting, desde há muito que esta capacidade não existe. Os administradores e a política consomem todos os focos de luz e nas suas mentes (administradores) é muito mais importante para o clube a forma como se governa do que propriamente aquele que se senta no banco do Sporting. Isto não é errado mas, quando a forma de governo que engendram é medíocre e esses mesmos administradores não são capazes de identificar e recrutar competência (porque são incompetentes) passamos a ter aqui um verdadeiro problema ... porque não existe ao nível técnico quem possa suprir as suas deficiências. Um bom exemplo disto é o Jesus e o Benfica, em que o 1º devolveu-lhes por si só a construção de uma equipa poderosa. Poderosa porque bem orientada, e não porque tendo jogadores caros e bons. Esses também o Quique os teve e nunca fez nada com eles.
Quando essa forma de governo (para dentro de portas voltando) é medíocre, incompetente no recrutamento de competência e convive mal com personalidades fortes no banco do Sporting ... ficamos nós adeptos sem figuras dentro do clube que nos sirvam de referência e para as quais possamos olhar com respeito.
E isto não é de desvalorizar.
Não concordo com a noção de que basta competência. Não. Ela é indispensável mas existe por esse mundo fora muita gente muito competente que falha objectivos porque lhes falta outras coisas igualmente importantes. Teve mais sucesso desportivo (coisas ganhas) o Paulo Bento na sua menor competência técnica do que o José Peseiro, por exemplo, muito simplesmente porque muitas vezes está mais perto de ganhar aquele que tendo menor competência tem no entanto outras qualidades que lhe aumentam o arsenal de virtudes. Não estou a dizer que uma nulidade ou um incompetente que se arme em Coronel da vida ganha mais vezes do que outros, nada disso, o que digo é ... quando a diferença entre as 2 não é por aí além gigantesca os 1ºs ficam mais perto.
E isto é assim para quase tudo, parece-me.
O Sporting precisa de perfis fortes. No banco, ao pé do banco, nos gabinetes, bastidores e sentados na cadeira de presidente. Perfis fortes, não vedetas de circo armadas em Rambo III como o Costinha ou feiras de vaidades. E o Sporting há muito que não tem isto. Mesmo o Paulo Bento que transpirava autoridade e personalidade temos de admitir que muito desse respeito que lhe tínhamos advinha de o vermos como uma pessoa séria e de trabalho que se dava ao respeito, forte no discurso mas pouco mais (porque pouco além) ... uma vez que de resto ele nunca se libertou muito bem daquela imagem de sopeira / peixeira que tinha. Era o nosso líder - e bem - mas porque como o Joel Neto um dia disse, "era um de nós", e bem, novamente.
Quando falo de perfis fortes não falo portanto disto.
Falo de algo maior do que isto.
O último destes perfis fortes ao nível da competência, reputação e respeito angariado que tivemos foi o Boloni, sendo que nos últimos 16 anos foi mesmo o único. Nos últimos 25 anos para além dele apenas outros 2, Robson e Queirós. 3 possivelmente, com Toshack. Outros poderão dizer se sim ou não bem melhor do que eu.
ResponderEliminarSobre as declarações do Paulo Sérgio uma coisa apenas merece ser apontada, e depois venham dizer que fala-se mal por falar ou que se cultiva o hábito de mal-dizer: "A imbecilidade está em transmitir uma ideia de necessidade e de impossibilidade. A imbecilidade está na tentativa de justificar uma realidade desastrosa, com a ausência de dinheiro, quando apenas um dos adversários que bateu o Sporting, até à data, tem disponibilidades financeiras superiores (...) Eu, sinceramente, estou farto desta mediocridade"
Estivessem todos, e não apenas alguns.
Não sei se chegava para ser campeão já nesta época (no SCP ng o garante, nem msm JM como se afirmou acima), mas bastava JEB, melhor dito, Costinha, ficar quietinho e manter CC para estarmos bem melhor do que aquilo que estamos... É praticamete certo que pior classificados e a jogar pior futebol não estaríamos e, pelo menos, o SCP tinha poupado 600 mil euros...
ResponderEliminarPerfil do Treinador – disse, após saída de PB, e repeti, depois de CC, que preferia alguém com experiência e claro que já tivesse dado mostras de competência. Tanto melhor se tivesse conhecimento do futebol português. E apresentei alguns nomes que nem eram por aí além 'ambiciosos': Adrianse, Manuel José e… Zico (este ultimo, confesso que é uma aposta pessoal mais baseada na emoção que na razão...). No estado em que o futebol do SCP se encontrava e analisando as suas circunstâncias, se fosse eu a decidir teria apostado num nome que transmitisse o ‘elan’ que não só os adeptos e sócio do SCP precisavam, para voltara a acreditar com força na sua equipa de futebol, mas que incutisse respeito e confiança no próprio plantel. Continuo a achar que o nome de PS, como antes já tinha acontecido com CC, quebrou a fé leonina... E isso tb influencia. Um treinador acima de suspeitas, com carisma, com autoridade no futebol cria logo outro 'ambiente', quer dentro quer fora do balneário. Ao invés de um que seja praticamente desconhecido…
Seria uma solução mais cara? Talvez, mas como tds sabemos o barato sai ainda mais caro...
Para a época corrente a grande aposta deveria ter sido no treinador. Não há dinheiro para treinador e jogadores? Define-se qual a prioridade e, na minha opinião, essa estava claramente direccionada para o treinador. E continua a estar… Até por isso, deixem lá o Pinus pinaster sossegado! Não estoirem com mais dinheiro ‘ó se faxavor’.
SL
Sinceramente preferia um treinador inglês ou daquelas bandas tipo Martin O'Neil, e ele ta livre já há algum tempo...
ResponderEliminarMM:
ResponderEliminarA comparação entre Peseiro e Bento não leva em conta que o primeiro teve apenas um ano. Devo dizer que troco qualquer Taça de Portugal por uma final europeia.
Quanto ao perfil do treinador a competência tem que vir associada à capacidade de liderança. Esta é uma das condições necessárias e indissociáveis da competência.
Temo que por vezes se confunda personalidades vincadas ou perfis fortes com tiques de autoritarismo ou de ditadores em potência. Os portugueses tendem a venerar este tipo de personalidades, talvez porque lhes poupe o trabalho de pensar e retire o risco e a maçada de ter que tomar decisões próprias.
É impossível esperar o sucesso de um treinador sem o vinculo da direcção ao seu trabalho. Infelizmente no Sporting aposta-se muitas vezes muito nuns e demasiado pouco noutros, sem se perceber o critério. Foi isso que aconteceu com Paulo Bento e é o que está acontecer agora com PS. Tivesse-se feito o mesmo com Carvalhal e estaríamos hoje muito melhor.
São boas perguntas mas acho que nem a Direcção do nosso clube saberá responder.
ResponderEliminarA haver mudanças, elas são serão feitas quando se mudar a Presidência e isso ainda vai levar algum tempo.
Até lá... sofram caros leões que é o que temos mais certo ate final de temporada.
Virgilio:
ResponderEliminarParece que combinamos no diagnóstico mas não tinha lido o que escreveste quando postei :)
LdA:
ResponderEliminarCC passou as passas do Algrave em Alavalade. E não merecia. Foi um tratamento indigno aquele que a nossa direcção lhe proporcionou. E eu, como sportinguista, fiquei envergonhado.
Os ultimos jogos completamente conseguidos pelo Spprting no ultimo, vá lá, bienio, a CC devemos... E isso já quer dizer alguma coisa.
Abraço.
LdA: Pois foi!
ResponderEliminarE olha, eu não tinha lido o teu das 19:10, mas pareceu no comentário que fiz logo de seguida!... :)
Virgilio:
ResponderEliminarAceito que um nome desconhecido cause estranheza ou até "alergia" aos adeptos. Mas isso são as primeiras impressões. Se a equipa começar bem ninguém manterá o desânimo seguramente.
Posso-te dizer que tive grandes discussões com adeptos portistas sobre as qualidades de Villas Boas ( e depois sobre Moutinho) e não preciso de te dizer o quão satisfeitos eles andam hoje ...
Tite:
ResponderEliminarOu acontece uma verdadeira desgraça até ao Natal, ou vamos continuar a sofrer com este treinador... Qt ao presidente, esse é mais dificil de tirar do poleiro... Aguenta! :)
SL
LdA:
ResponderEliminarDo AVB até compreendo... Eu tb desconfiei dele. É verdade que vi pc a AAC, mas dando de barato o bom trabalho realizado em coimbra, seis meses parecia-me mt pouco para chegar ao SCP... É certo que teve uns emporroezinhos no inicio da campeonato, mas o fcporto, neste momento, está mt forte. Sem querer desvalorizar o mérito do cenoura, diria que a motivação e a auto-confiança que os resultados trazem tb ajudam muito o desempenho individual e colectivo numa equipa de futebol!
Agora porem em causa o jm? É msm de Murcões, carago... ;)
O jmoutinho nunca tinha que ir ali parar. Cada vez que me lembro fico piurso com o moina alba... É das coisas que mais me irritam dentro de toda a irritação que o gajo já me provocou... Ainda agora me encho de bilis enquanto escrevo isto. E ao preço da uva mijona... fdx!
Leão de Alvalade,
ResponderEliminarAvancei com a comparação entre o Peseiro e o Paulo Bento sem gostar dela. Fi-la porque são 2 nomes do passado recente do Sporting, só isso.
Eu também prefiro muito mais o Peseiro ao Paulo Bento porque como disse a competência técnica é indispensável. Nada a substitui.
O que procurei transmitir é que a discussão não se esgota na competência técnica, da mesma forma que não se esgota na personalidade. Personalidade claro, porque como diz e bem autoritarismo e gratuita represália são coisa nenhuma. São características dos fracos, essas.
Gostava de ter alguém como o Peseiro.
Gostava muito de ter alguém como o Boloni, novamente, que só era visto como mole porque estava em Portugal onde muita vez se confunde elegância nos modos e no trato com moleza.
Gosto do Paulo Bento mas não gostava de ter outro Paulo Bento.
E gosto do Carlos Carvalhal mas não gostava de te-lo como treinador do Sporting, ou pelo menos o Carlos Carvalhal que chegou ao Sporting, não tendo duvidas que a experiência o fez melhorar-se. Não gostava de te-lo porque ao contrário por exemplo do Jesus nunca vi as suas equipas jogar um futebol por aí além encantador. Mesmo no Moreirense (acho que foi o Moreirense) ou nos melhores tempos do Setúbal nunca vi nada de muito empolgante. O ano passado no Sporting vimos 3 ou 4 jogos muito bons mas 13 ou 14 assim-assim e 5 ou 6 péssimos. Não estou a dizer que a culpa é dele ou que ele não seja competente, estou só a dizer as coisas como as vi, o resultado delas.
Em boa verdade ... se fossemos completamente exactos se calhar teria de dizer que não gostei - exceptuando Jozic, Boloni e Peseiro - de nenhum dos treinadores do Sporting nos últimos 20 anos mas enfim temos de pegar nalguma coisa senão fica complicado o uso de exemplos práticos para aquilo que se quer dizer.
Abdula,
Os treinadores britânicos, sejam eles ingleses, escoceses, galeses ou um estrangeiro qualquer que faça escola neste tipo de futebóis são muito bons mas a jogar entre si. São treinadores que são muito fortes no perfil (mais uma vez, não falo de autoridade) e que conseguem - com o seu tipo de dirigentes e o tipo de público desses campeonatos - ser vistos pelos seus jogadores como verdadeiros líderes. Ainda é assim, ainda. E essa união das equipas (jogadores, treinador, público) fá-las ter muita força e ultrapassar muita coisa.
Um treinador destes em Portugal, por norma, não duraria 3 meses. Nem o público gostaria do futebol jogado nem o treinador gostaria do público, nem os jogadores lhe dariam grande crédito nem ele daria grande crédito à maioria dos seus jogadores.
Seria tudo muito complicado e gerador de atrito, acho.
MM:
ResponderEliminarÓ C'um catano, 'atão' e o Robson, Caraças?
E o Marinho com aquelas doze vitórias seguidas até chegarmos a Trás-os-Montes (Chaves) com os 'fenómenos paranormais' a parar o Leão?
Disseste 20 anos não foi? Então o Marinho Peres ainda conta...
Virgílio,
ResponderEliminarExacto mas nomes como o Robson não são propriamente uma regra no que toca a treinadores britânicos capazes de ter sucesso nas Ilhas e fora delas. Robson (Inglaterra, Portugal, Espanha), Malcolm Allison (Inglaterra, Portugal, Turquia) e mais ... ? Durante muito tempo adorei (uso o tempo passado porque ele anda arredado do cargo agora) o Kevin Keegan e pareceu-me sempre alguém que pudesse ter sucesso em qualquer lado mas tal nunca se confirmou.
E estes 3 nomes têm já muita idade (em futebol). Nos dias de hoje ... nem 1, acho. Não sei se estou enganado.
Exceptuando Sir Alex, Sir Bobby, o lendário Sir Matt Busby (também escocês) ou aquele que foi dos maiores teóricos de sempre que o jogo alguma vez conheceu, Brian Clough, dono do extraordinário registo de ter-se sagrado campeão nacional com 2 "pequenos" clubes, Derby County e Nottingham Forest, bem como do fabuloso feito de ter-se sagrado bi-campeão europeu com esse mesmo Nottingham em 79 e 80, mesmo a nível histórico não me parece que exista assim muita abundância.
Em proporção por cada britânico existirão 9 ou 10 holandeses ou 9 ou 10 treinadores italianos mais próximos de uma qualquer elite.
Agora claro nem seria preciso um Robson, bastaria meio Robson ou um Keegan para eu pessoalmente ficar muito feliz com as suas contratações.
Virgílio, o Marinho de Peres. De facto foi mau deixá-lo de fora de uma lista que contemple os melhores que passaram pelo Sporting. Eu não conheço bem o Marinho Peres da 1ª passagem por Portugal mas estou a par dos elogios que praticamente são-lhe feitos por qualquer pessoa que os tenha visto ou vivido. Desde um excelente futebol ofensivo, fantasista, até às meias-finais da UEFA com o Nápoles ou o Inter (um deles, acho que foi com os italianos porque foi em 1991, não tenho a certeza), até à Taça de Portugal (são ambos italianos aliás, mas o primeiro é mais argentino que italiano, efeito "El Pibe") ganha em Belém derrotando na final o Benfica do Humberto Coelho (já agora quem era o treinador dessa eliminatória com o Nápoles? E se foi o Marinho Peres, quem foi o da eliminatória com o Inter?) e algumas coisas mais.
Virgilio,
ResponderEliminarFalando nisto apercebo-me agora de algo. Desde mais ou menos, não sei ... em Portugal talvez desde o Mourinho, será?, ou Eriksson, seja como for a partir de certa altura a responsabilidade (Mourinho, talvez, não Eriksson) de tudo o que acontece numa equipa de futebol é por nós atribuída ao treinador. Antigamente não, culpava-se treinadores mas também jogadores. Hoje há a excessiva noção, sinto, que os treinadores são responsáveis por tudo. Teria de pensar bem sobre isto antes de opinar qualquer coisa mas basicamente acho que 1 treinador muito bom pode fazer milagres com jogadores maus mas, 1 treinador suficiente se tiver certas características pode também ele muito bem operar milagres com jogadores muito bons. Isto é um bocadinho plano demais e parece estúpido, não fosse a evidência de que treinadores suficientes ou bons podem não retirar nada de jogadores muito bons e assim sendo existe também mérito em ter resultados com esses jogadores muito bons, sendo-se apenas bom ou suficiente. Capello, Gerrard, Lampard, Rio, Rooney, Cole e Terry: resulta disto tudo? Uma trampa, horrível. Zero de futebol, zero de resultados e zero de tudo, sendo os jogadores muito bons e o treinador igualmente bom.
Não sei, mas é uma discussão interessante. Vou pensar sobre isto esta noite enquanto vejo cassetes antigas do Caine:
http://seriesedesenhos.com/br2/index.php?option=com_content&view=article&id=2524:qkung-fu-1972q&catid=84:series-1950-a-2009&Itemid=68
Lembram-se do Caine? Deve ter sido por alturas do Marinho Peres e do penalty defendido pelo Ivkovic frente-a-frente com Maradona.
"Caine não usa armas de fogo nem cavalo. Usa o Kung Fu, incita a não-violência e mostra aos tele-espectadores quão bela pode ser a vida se formos compreensivos, se dermos amor ao próximo em vez de molestá-lo ou invejá-lo, e se pararmos de julgar as pessoas pelas aparências (exclui-se evidentemente desta situação o Costinha, que claramente ultrapassa todos os limites do razoável), se aceitarmos as diferenças e as pessoas pelo modo como são e agem.
Um abraço Virgílio, e uma excelente noite.