O futuro com retrospectiva eleitoral
Na linha do que ontem aqui escrevi é ainda cedo falar de candidatos ou de candidaturas. Sabemos bem o que são normalmente os programas eleitorais, há quem diga até que foram feitos para não ser cumpridos. Mas a forma como são elaborados e o seu conteúdo são indicadores suficientes para permitir uma primeira avaliação distintiva. Foi isso que fiz nas anteriores eleições, percebendo que o "Paulo Bento Forever" além de ser o calcanhar de aquiles de Bettencourt era programa de menos para uma candidatura à presidência do Sporting. bastaram 3 meses para o tempo me dar razão
Como entendia que o período de validade de PB já tinha expirado entendi que a opção Eriksson feita por PPC permitiria pelo menos um "fresh start", embora lhe reconhecesse fragilidades. Tudo dependeria da forma como o sueco encarasse o desafio, tendo em conta que a sua carreira tinha entrado há algum tempo numa curva descendente. O que PPC não contou foi com a falha carácter do sueco. Alguém acha que Erickson foi a Cascais tirar uma fotografia com PPC apenas para ver o mar?
Do ponto de vista "ideológico" havia um programa da candidatura do "Ser Sporting" que JEB contrapunha com "bocadinho mais de cagança". Do meu ponto de vista ambas as candidaturas me pareciam padecer de pouca clareza num aspecto primordial para um clube como o Sporting que era a vertente competitiva. Embora admitindo que a memória me possa trair, não me recordo da haver em ambos os lados uma definição muito clara do papel da formação, do que se pretende para o funcionamento da Academia de Alcochete, como seria a politica de aquisições, dispensas e de empréstimos.
A forma de governação do clube é um dado essencial na apreciação das candidaturas mas a actividade competitiva, do futebol em 1º lugar mas não só, é o suporte onde tudo assenta. Questões como a auditoria externa, revisão estatutária (que, por exemplo, permita pelo menos o voto por correspondência para os sócios que vivem longe e que é muito mais simples de implementar do que a votação distribuída pelos núcleos) são questões essenciais que não podem ser esquecidas.
Mas sem uma equipa de futebol capaz de devolver o orgulho aos Sportinguistas será impossível inverter o processo auto-destrutivo em que mergulhamos nos últimos anos. Percebê-lo e consegui-lo ditará a sorte do próximo presidente do Sporting. Da nossa parte "bastará" perceber que voltar a ganhar não acontecerá enquanto pestanejamos, sem contudo prescindirmos que o Sporting volte a jogar à Sporting.
Como entendia que o período de validade de PB já tinha expirado entendi que a opção Eriksson feita por PPC permitiria pelo menos um "fresh start", embora lhe reconhecesse fragilidades. Tudo dependeria da forma como o sueco encarasse o desafio, tendo em conta que a sua carreira tinha entrado há algum tempo numa curva descendente. O que PPC não contou foi com a falha carácter do sueco. Alguém acha que Erickson foi a Cascais tirar uma fotografia com PPC apenas para ver o mar?
Do ponto de vista "ideológico" havia um programa da candidatura do "Ser Sporting" que JEB contrapunha com "bocadinho mais de cagança". Do meu ponto de vista ambas as candidaturas me pareciam padecer de pouca clareza num aspecto primordial para um clube como o Sporting que era a vertente competitiva. Embora admitindo que a memória me possa trair, não me recordo da haver em ambos os lados uma definição muito clara do papel da formação, do que se pretende para o funcionamento da Academia de Alcochete, como seria a politica de aquisições, dispensas e de empréstimos.
A forma de governação do clube é um dado essencial na apreciação das candidaturas mas a actividade competitiva, do futebol em 1º lugar mas não só, é o suporte onde tudo assenta. Questões como a auditoria externa, revisão estatutária (que, por exemplo, permita pelo menos o voto por correspondência para os sócios que vivem longe e que é muito mais simples de implementar do que a votação distribuída pelos núcleos) são questões essenciais que não podem ser esquecidas.
Mas sem uma equipa de futebol capaz de devolver o orgulho aos Sportinguistas será impossível inverter o processo auto-destrutivo em que mergulhamos nos últimos anos. Percebê-lo e consegui-lo ditará a sorte do próximo presidente do Sporting. Da nossa parte "bastará" perceber que voltar a ganhar não acontecerá enquanto pestanejamos, sem contudo prescindirmos que o Sporting volte a jogar à Sporting.
E como se constrói um projecto de clube de futebol ganhador? Essa para mim é a grande questão. A escolha de um grande treinador e mais uns milhões para gastar não chega, ajuda mas não chega. Pergunto-me muitas vezes se a chave não estará nos adeptos, na conquista da confiança dos sócios, antes mesmo da bola começar a rolar.
ResponderEliminarVerdão
ResponderEliminarNa minha opinião um projecto ganhador passa por estabelecer prioridades e resolvê-las. Neste sentido é urgente que quem entre perceba que é fulcral elevar o nível de qualidade da equipa técnica e de futebol. Isto faz-se mantendo os bons e vendendo os maus de forma a investir criteriosamente em jogadores de elevado potencial e com salários baixos. É preciso rentabilizar o scouting e/ou contratar um treinador(cujas capacidades sejam comprovadas pelo seu palmarés) que domine um mercado no qual possamos entrar e ir buscar 3/4 jogadores.
Obviamente que a situação financeira torna tudo mais difícil mas tem que se começar por algum lado! Precisamos de encontrar formas de financiamento: antigamente os clubes tinham bombas de gasolina porque já não têm? É preciso gente de trabalho, com imaginação e espírito de missão. No futebol, nas modalidades e nas restantes áreas chave do clube: sócios, merchandising, academia, expansão, etc. É preciso impor regras e avaliar os funcionários. Estar atento a tudo. Pedir relatórios e reuniões. Por o Conselho Leonino a fazer lobby e a procurar financiamentos. Fechar o clube e expulsar a comunicação social que anda a brincar connosco. É preciso dar razões aos sócios para intervir no dia-a-dia do clube, seja nos núcleos seja no apoio às equipas! E seja quem for eleito tem que interiorizar o símbolo do Leão!Honrar todos os dias os nossos valores: se o fizer não precisa de dizer nada para ter a confiança dos sócios e sportinguistas.
...sócios e adeptos sportinguistas, bem dizendo!
ResponderEliminarNão querendo defender o senhor em questão, o PPC definiu a linha do aproveitamento dos jovens. Senão o fez no programa fê-lo numa entrevista à Academia de Talentos.
ResponderEliminarNão votei em nenhum dos dois senhores, mas tinha um feeling que a candidatura de Bettencourt era em cima do joelho de mais. O projecto apresentado por PPC estava muito mais consolidado, com conferências de esclarecimento aos sócios e tudo o mais.
Saudações Leoninas
Verdão,
ResponderEliminarA mim parece-me que as coisas começam no balneário, estendem-se ao relvado dos treinos e dos jogos e depois é que se alastra à bancada. O exemplo do sucedido este ano serve: os adeptos sportinguistas este ano até pareciam acreditar mais este ano, até começarem os jogos a sério e perdermos logo na jornada inaugural.
E quando assim é os sócios e adeptos podem fazer muito pouco, não?
Um grande treinador faz toda a diferença e parece-me que o negocio mais ruinoso do Sporting foi a contratação do Paulo Sérgio. E um grande treinador não necessita de ser um estrangeiro de créditos firmados, precisa de ser alguém com competência, método, que ponha a equipa a jogar, onde se note o seu dedo na equipa. Veja-se o que fez Jozic, Peseiro ou mesmo os rivais Jesus e Villas boas. Um bom treinador alem de colocar a equipa a jogar potencia os jogadores valorizando-os, por outro lado acho que temos que acreditar ainda mais na formação. Joao Gonçalves, Pereirinha e Cedric nao ficam a dever nada ao Abel. Adrien nao fica a dever nada ao Zapater. O que esta a fazer o Timo faria qualquer GR da formaçao. Saleiro e D'jalo nao fizeram menos que Sinama. Agora resta esperar que Couceiro tenha sido uma escolha acertada e que saiba escolher o treinador correcto e que consiga uma ou outra contrataçao de jogadores que façam a diferença ou que na pior das hipoteses ponha o Marat a jogar!
ResponderEliminarLeão de Alvalade,
ResponderEliminarfui recuperar o programa eleitoral da lista Ser Sporting, cheia de boas ideias (nem todas exequíveis) para a dinamização do clube e as quais penso, na sua esmagadora maioria, serem o resultado de inúmeras discussões dentre dedicados sportinguistas precisamente pelos blogs e pelos fóruns.
Não era um programa completo. Faltavam algumas dimensões estratégicas, mas era um bom documento que teria merecido uma discussão séria em vez da vergonha a que tivemos oportunidade de assistir.
Mas uma boa parte do descalabro eleitoral deveu-se a um factor simples de compreender: a incerteza se a boa vontade (que por muitos foi pintada de aventureirismo, apesar de isso mesmo ser absurdo da leitura do programa apresentado) viria acompanhada da necessária competência. Muitos sportinguistas viam em JEB (e MRT, PB e Barbosa) uma garantia de competência na acção que é mais decisiva.
A capacidade de ter boas ideias é, em si, indicativa da capacidade de as concretizar. Mas a correlação não é tão forte assim e não vivemos num mundo binário em que uma capacidade prejudica outra.
Tudo para dizer que, havendo muito por fazer, não há muito por onde inovar no Sporting. Falta sobretudo ser-se competente no que se faz e isso é o mais difícil de demonstrar em debate pré-eleitoral.
Ser-se competente é saber gerir e saber prever, compreender o que mais gera rendimento (o futebol) e saber criar o melhor ambiente para extrair o máximo proveito.
O empréstimo do Eric hoje ao Everton foi, para mim, um soco no estômago parecido com o que tinha sentido quando o Moutinho foi para o Everton. Não pela cedência temporária, mas pela "colocação na montra" e pela assunção de um projecto inexistente de valorização profissional.
O Sporting precisa de competência e de inteligência. São características que costumam estar associadas.
"O que PPC não contou foi com a falha carácter do sueco"...epa sendo assim, tavam bem um para o outro.
ResponderEliminarOnde é que anda esse "jovem", desapareceu?
SL
Dezperado,
ResponderEliminarinteressante que faças uma acusação dessas, sem qualquer fundamento e tivesses andado ano e meio a defender quem vira costas às dificuldades que o próprio criou...
Pelo menos ainda não te vi dizer nada de semelhante sobre o assunto...
PLF, para existirem esses presupostos "Ser-se competente é saber gerir e saber prever, compreender o que mais gera rendimento (o futebol) e saber criar o melhor ambiente para extrair o máximo proveito", há uma condição fundamental, estabilidade.
ResponderEliminarEssa era uma caracteristica fundamental que via nesse quarteto (JEB, MRT, PB e PB), mas mesmo assim não deixei de colocar outras condições.
Na minha opinião (sei que não partilha), Paulo Bento é um treinador competente, mas ele tal como a sua equipa estavam esgotados. Colocavam-se duas opções ou contratar outro treinador, ou apostar em Paulo Bento mas com um significativo reforço da equipa (nomeadamente mediático).
Tal não se verificou e a estrutura que garantia estabilidade ruiu de desgaste, erro meu, má fortuna, amor ardente.
Desse momento em diante JEB passou a liderar o futebol, onde somou erros (até chegar Costinha).
JEB cumpre o fundamental do seu programa (reestruturação financeira e do grupo Sporting), mas falha no nosso core business, pior quando consegue voltar a ter uma estrutura estável, demite-se, ficando agora ao critério dos vindouros se apostam na estrutura existente se reformam tudo.
Um primeiro ponto que gostaria de ver num qualquer programa era que não existiriam demissões até ao final da época, porque a competência das pessoas muitas vezes depende da orientação que lhes dão e não do seu valor.
Sim, incluo nas não demissões o Paulo Sérgio, a época está perdida e se o sr. não se demite e é bom profissional iria passar a apresentar à direcção diariamente um relatório detalhado e individualizado sobre cada elemento da equipa técnica, profissionais que acompanham o futebol sénior e cada jogador com mais de 18 anos do Sporting. Este documento seria entregue por mão própria, na sede do Sporting entre as 20 e as 8 horas. A sua equipa técnica faria o mesmo duas vezes por dia.
LMGM,
ResponderEliminarNão basta ser-se competente a executar se o número de ideias executadas é insuficiente. Mas um incompetente não se torna melhor pela estabilidade que o envolva, quanto muito torna-se mais discreto.
Não concordo consigo quando diz que JEB conseguiu voltar a ter uma estrutura estável. Seguramente porque não temos a mesma definição de "estrutura estável", tal o número de treinadores, directores desportivos, directores de futebol e directores de comunicação que se sucederam no seu - convém não esquecer - curto reinador de 18 meses. Aliás, a entrada de Couceiro há 3 semanas, a expectável saída de Mil Homens, o esvaziamento das funções do Costinha, parece-me ter havido tudo menos estabilidade.
Mas essa estabilidade também se faz da competência para encontrar pessoas competentes. A entrada de AVB no Sporting pelo preço que o Sporting não quis pagar (para gastar €11M em jogadores poucas semanas depois) poderia ter sido uma mudança paradigmática, porque não entrariam Costinha ou Nuno Dias, seguramente não se teriam expurgado os jogadores da formação, porque o AVB sabe ver quem tem valor e sabe motivar (aparentemente).
Mas ainda assim seria insuficiente. Porque um Presidente deve dar o enquadramento e não recebê-lo ou ir navegando à vista.
Mas tanto JEB como o PB ou o AVB são passado e não vale a pena revolvê-lo. Vale contudo a pena aprender com os erros que estes fizeram, ser-se competente a estabelecer uma linha orientadora, ser-se competente a reconhecer o talento que existe dentro e fora do clube.
Talento que PS não tem, diga-se. Não é o "elo mais fraco", é mesmo simultaneamente o mais fraco responsável directo pelo futebol do Sporting e o mais fraco intelectualmente para compreender a função do treinador do clube, conforme comprovam as abjectas declarações de ontem. Despedi-lo depois da conferência de imprensa seria um assomo de orgulho sportinguista, porque quem ostenta aquele símbolo não pode dizer à frente das câmaras aquelas alarvidades com aquela impunidade.
O único enquadramento que PS precisa é o enxovalho público pela ausência de carácter e respeito por quem lhe paga o bilhete.
Lda
ResponderEliminarQuais são os fundamentos que tens para dizeres o mesmo do Erickson?
Mas não precisamos de entrar por ai, não gosto do PPC, é a minha opinião, tu terás a tua.
Em relação ao não ter dito nada sobre o JEB, basta leres os comentários do teu post aquando do timing da saida do JEB.
SL