Últimas do mercado: o futuro atirado ao destino
Pode até ser que Baldé tenha sorte e Afolfo Muñoz Mora, o treinador da equipa da raiana, vislumbre nele mais do que treinadores limitados profissional e intelectualmente costumam ver em avançados com as características do guineense: um pinheiro. Tive oportunidade de o ver jogar poucas vezes mas as suficientes para perceber que ele pode, no futuro, vir a ser muito mais que apenas um bulldozer para demolir defesas. Para a sua envergadura física Baldé está longe de ser um tosco. Com 19 anos está numa fase crucial da sua formação e também a mais difícil, com a agravante de jogar numa posição decisiva do jogo, onde os clubes investem por isso muitos recursos. O que com ele se fará torná-lo-á numa estaca, ou um pinheiro se quiserem, ou num jogador capaz de se envolver na criação do jogo ofensivo de uma equipa, oferecendo assim muito mais soluções ao colectivo, conferindo-lhe simultaneamente acrescido valor individual. Salvo o exagero, pode ser a diferença entre ser um jogador como Ibraimovich ou David Carew.
Neste momento, o mais provável é pois que um jogador como Baldé, internacional sub-19, veja desperdiçados mais 6 meses do seu primeiro ano de sénior. São jogadores como Baldé que justificam a criação de um verdadeiro projecto de formação no Sporting que complemente o que se vai fazendo em Alcochete e que, ao nível do futebol, é o que ainda nos vai mantendo em contacto com o desígnio de sermos pelo menos tão bons como os melhores. Atirar o futuro ao destino, que é ao fim e ao cabo o que vimos fazendo, está longe de ser solução. Neste momento e neste contexto fazemos pior que o FCP há muito tempo e provavelmente que o SLB, que entregou a um treinador conhecedor como Rui Vitória a afirmação de 2 dos seus valores mais promissores. Esse projecto complementar, que deveria ser acarinhado por todos como o verdadeiro investimento, poderia passar pela formação de uma equipa B, que aqui já defendi, mas que tem na Bancada Nova (que entretanto “regressou”) as melhores justificações.
Mas a solução da equipa B, talvez a ideal, não é única. A criação de um protocolo de longo prazo, devidamente planeado, com um clube da periferia de Lisboa, por razões de proximidade, já dotado de boas infra-estruturas, seria uma solução a considerar no sentido de fornecer o estágio que tanto falta faz aos jogadores saídos da formação. Um estágio que lhes dê continuidade à formação continuando a jogar. Um protocolo não nos moldes em que já foi anteriormente efectuado com o Lourinhanense, ou recentemente com o Real Massamá. Por norma estes acordos começam por falhar ao não ser bem acolhidos nos adeptos locais, por parecer que o clube grande apenas quer do mais pequeno uma barriga de aluguer e, uma vez consumado o parto, pouco ou nada reverte a favor do “parturiente”.
Sabemos bem que grande parte dos pequenos clubes da periferia de Lisboa sobrevive de forma dramática, submergidos em problemas financeiros. Que, apesar de registarmos uma situação semelhante, por comparação com os nossos, são muitas vezes verdadeiros “peanuts”. Para tornar apelativo um protocolo nos termos sugeridos o Sporting deveria e poderia oferecer contrapartidas, como por exemplo o atractivo económico de uma percentagem simbólica do passe dos atletas que passassem pelo clube parceiro. Veja-se que 0,5% do passe de Veloso teria rendido ao Olivais e Moscavide 40.000 euros. Quase uma insignificância para nós e uma verdadeira fortuna para o clube, que, à beira do seu centenário, enfrenta agora a extinção por problemas financeiros.
Um protocolo assim teria obviamente que passar pela escolha criteriosa das equipas técnicas e poderia ser também um braço da formação feita na Academia Sporting, onde, muitas vezes, jogadores de qualidade, vêem a sua afirmação interrompida pelas contingências habituais na vida de um jovem futebolística, que vão das lesões às “dores de crescimento” dos adolescentes. Poderia servir igualmente de instituto de formação de jogadores com qualidades para se tornarem treinadores, prolongando assim uma ligação proveitosa para ambos, clube e jogadores. Abel, jogador a quem é apontada capacidade de liderança no balneário e licenciado em educação física, poderia encontrar aqui uma solução conveniente para ambas as partes e que a prorrogação do seu vínculo como futebolista já não permite divisar.
Os erros cometidos no último ano e meio tornam ainda mais urgente a tomada de decisões. O Sporting não pode oferecer o melhor dos seus recursos a jogadores em fim de carreira, alienar os ovos ainda dentro da galinha (Dier e Tobias) e ostracizar na folha de pagamentos os jogadores da casa (Patricio e Carriço).
Lda
ResponderEliminar100% de acordo! Veja-se o caso do André Santos que esteve no Fátima do Rui Vitória (o Saleiro tb) e no Leiria de Manuel Fernandes e ainda há bem pouco tempo referiu a importância desses "estágios" na sua afirmação. A essas decisões do PBarbosa de colocar jogadores no Fátima (que na altura me questionei) não terá sido indiferente a opinião do PBento que enquanto treinador dos juniores teve como principal rival o benfica de Rui Vitória. Eu acho por todas as razões que deveria haver um relacionamento mais próximo com o Setúbal. Pelo menos enquanto lá estiver o nosso Manel! Por falar em empréstimos, que falta nos faz o Adrien! naquele meio campo que dá o estouro nas 2as partes!Mas se foi decidido coloca-lo um ano a rodar que se seja coerente. Mas com a época perdida a sua chamada, bem como do Wilson Eduardo, agora em Janeiro poderia servir como antecâmara da época que se avizinha. O mm se diz do Dier e do José Mário (irmão do Wilson Eduardo) que é um médio centro de alta rotação, com muita técnica, capacidade de passe e que toma sempre boas decisões no miolo. Olha, chamassem estes putos e muitos de nós com certeza estariamos mais motivados a ver os jogos..Afinal o que temos a perder?
Carlos,
ResponderEliminarO ano passado o Rui Fonte esteve emprestado ao Setúbal e nunca jogou porque o clube investiu noutras soluções que lhe garantiam o curto prazo. Não censuro o Setúbal por isso uma vez que estava em causa a permanência da equipa na Liga. O que censuro é o empréstimo sem critério que assegure reais possibilidades de jogar e evoluir.
O Rui Fonte foi emprestado ao Español B e entretanto promovido à equipa A. Não será titular e deverá continuar a ser chamado aos jogos da B, mas não deixa de ser 1 reconhecimento de valor que o Sporting não quis acautelar.
Eu concordo com a criação (regresso) da equipa B. Pelo menos conseguiamos garantir que os nossos jovens jogam.
ResponderEliminarDito isto, não me parece que o emprestimo do Baldé para um campeonato mais competitivo que nosso seja mau.
Esta noticia é bastante boa, no entanto.
ResponderEliminarhttp://www.rr.pt/bolabranca_detalhe.aspx?fid=76&did=138575
Muito bom texto
ResponderEliminarBoas,
ResponderEliminarApostar em jogadores como Maniche não é política para o Sporting, mas também convém o pessoal perceber que nem todos os jogadores da nossa formação poderão vir a ser integrados no plantel.
Se asim fosse, teríamos de colocar uma dezena por ano no plantel sénior.
Vamos tentar aproveitar sempre aqueles que parecem ser os melhores, mesmo que isso tenha muitas concionantes associadas como a existência de um treinador que aposte na juventude, ou mesmo a adaptação/transição de jogador júnior para sénior.
Possivelmente vão cometer-se alguns erros de avaliação mas isso é normal.
Neste nível estamos claramente melhor que Porto e Benfica que não aproveitam nenhum jogador da sua formação há largos anos.
Ao contrário do que é dito, julgo que o empréstimo de jogadores a clubes para que estes rodem, não é obrigatoriamente prejudicial para o jogador e sempre é melhor do que estar um ano inteiro encostado sem jogar como é o caso actual do Cedric.
Agora, a que clubes se empresta é que realmente tem sido um erro por parte de quem decide dentro do Sporting, e não é meprestando jogadores como Adrien a um clube de Israel ou Pereirinha para a Grécia que se pode esperar uma evolução que lhes permita regressar ao clube.
Jogadores que saem do nosso plantel por empréstimo têm obrigatoriamente de jogar em campeonatos internacionais pois há interessados neles (como foi o caso de clubes ingleses interessados no concurso de Adrien).
Em relação à equipa B, já a tivemos e francamente os resultados não me pareceram positivos.
Talvez a gestão fosse errada na altura.
Sinceramente tenho muitas dúvidas sobre este modelo, sobretudo no caso português onde se limita a competição destas equipas à segunda divisão, sem acesso à Orangina.
Duvido que seja benéfico o seu retorno.
Prefiro o modelo de acordo com determinado clube (exº: Belenenses), que possa receber os nossos jogadores e competir num escalão superior.
Esta medida aliada ao empréstimo dos nossos melhores jogadores a clubes da primeira divisão (Adrien é claramente esse exemplo), continuam a ser o melhor modelo e aquele que aparentemente pode aliviar mais a folha de ordenados mensais do Sporting.
SL
José
MIke, prefiro nem comentar...
ResponderEliminarPB,
ResponderEliminarObrigado, vindo do "lateral esquerdo" é mesmo gratificante.
O Adrien já marcou logo na estreia.
ResponderEliminarSporting até morrer,
ResponderEliminarNão sei se o reparo destinado "ao pessoal" era também para mim. Se assim é devo dizer que não o mereço.
Aliás é até bastante comum,cada vez que falo da formação vir alguém lembrar-me que nem todos os jogadores da formação têm que ter lugar no plantel,coisa que nunca defendi,embora tenha presente que se o Sporting estivesse mais atento aos jogadores que forma e depois desperdiça, podia até não ter um plantel melhor mas seguramente que seria um clube mais estável financeiramente.
O facto de o FCP não aproveitar os jogadores que forma não quer dizer que não os trabalhem melhor do que nós. Basta ver a forma como colocaram os jogadores neste mercado de inverno para o perceber. E o exemplo do Diogo Viana não devia passar despercebido. Como a situação do Venlo não oferecia a plataforma que necessitava para a sua evolução foi mandado regressar e emprestado ao Aves. Veremos o que o Sporting vai fazer com o Diogo Rosado no Penafiel, que nem convocado é...
No entanto o que se propõe neste post é oferecer aos jogadores que saem da formação a possibilidade de continuarem a evoluir competindo. Os primeiro anos de sénior é particularmente difícil pela transição e,nada tendo contra os empréstimos, para os jogadores estarem parados então é preferível que estejam em casa.
Nesta fase das carreiras é impossível definir que jogadores serão no futuro e estou convencido que muitos se perdem por verem limitadas as possibilidades.
Um jogador como Baldé não é mais do que uma promessa de jogador e é precisamente esse tratamento que reclamo. Enviá-lo para a 3ª divisão espanhola não me parece que seja uma forma de cuidar do seu futuro, mas se pelo menos jogar é melhor do que estar parado no Sta. Clara.
Mas o facto de jogar mais por si só não assegura uma melhor evolução. Quem o emprestou ao Badajoz conhece o treinador, a sua concepção de jogo e o que pretende fazer com Baldé?
Não creio.
André,
ResponderEliminarsem ver o jogo mas olhando para a formação da Académica é bom verificar que o treinador sabe o que quer de Adrien ao pô-lo a jogar a 8.
Estamos a discutir futebol. Para que serve jogar futebol se existem Brunos Paixões no futebol português? O Rio Ave mete assim tanto medo às gaivotas?
ResponderEliminarLeão de Alvalade,
ResponderEliminarregressei há pouco de Alcochete, onde vi um jogo relativamente fraco (em qualidade táctica) mas que não poderia encaixar melhor no teor deste post.
Sobre o lugar da formação na estratégia do clube, já muito se disse e eu já muito me lamentei. Do acompanhamento ao critério, das discutíveis opções ao plano de carreira, do acréscimo de competitividade e à importância da aprendizagem de um Modelo de jogo, dos falhanços conhecidos àqueles que são desconhecidos mas que poderiam ter sido muito úteis, do tempo da formação à maturidade física, psicológica e competitiva... para quem se arroga de ter a melhor formação do Mundo há muita coisa a melhorar.
E o pior mesmo é pensar-se que tudo está bem. Não está e não é nos escalões mais velhos que se nota, porque os efeitos de uma reestruturação de uma política de formação fazem sentir-se a 5 a 10 anos: o tempo de um escolinha chegar a júnior.
Se em tudo o que é futebol profissional no Sporting se trabalha malzote, porque haveria de ser melhor abaixo?... Adiante.
E este post encaixa que nem uma luva no que pensei durante o jogo porque tive ocasião de ver alguns jogadores que não via há muito.
Um deles, o João Carlos, está um jogador fantástico. Mas não faz tudo bem, não está nem estará tão cedo minimamente preparado para enfrentar o escalão sénior e duvido que dentro de 1 ano e meio esteja. Tem de crescer em todos os sentidos, na maturidade, no físico, na compreensão do adversário e da própria equipa, para que possa colocar a sua criatividade e o seu critério com mais frequência ao serviço da equipa.
Todos os jogadores que hoje vi estão a estagnar. Não têm subir o próprio nível para suplantar os adversários e basta-lhes jogar sem se esforçar. Todos são capazes de melhor e todos precisam do desafio e da pressão.
O Sporting emprestou o Eric e assim assumiu a falência da sua (inexistente) estratégia para tirar partido do que de melhor faz.
E depois todos se interrogam onde pára o dinheiro. É que se o estádio pesa e muito nas nossas contas, a SAD sempre foi deficitária e é largamente deficitária na sua exploração.
Para mim, as vantagens a realçar da equipa B e, que não ficaram bem claras no post e subsequente discussão são (ambas vantagens esclarecidas pelo PLF na Bancada Nova):
ResponderEliminar1-fazer subir todos os jogadores um escalão e dar-lhes mais intensidade competitiva
2-(que advém da 1ª) dotar os jogadores de intensidade competitiva para poderem entrar sem precalços no escalão sénior. Seja para a equipa do Sporting, seja para um empréstimo. Esta é a principal razão dos "empréstimos-fiasco" tipo Amido Baldé
De resto estou completamente de acordo com o post. Quanto ao protocolo entendo os benefícios de um protocolo com um Clube dos arredores de Lisboa, mas por razões afectivas gostava de ver um protocolo com o Sporting da Covilhã!
LdA,
ResponderEliminarProtocolos com condições e regalias para os clubes receptores já foram apresentados à SAD do SCP tendo esta optado por um acordo como aquele com o Real Massamá - cujos frutos ainda estão para ser avaliados.
PLF,
Não vejo o João Carlos há dois anos. No outro dia pensei como estaria a sua evolução.
"mas por razões afectivas gostava de ver um protocolo com o Sporting da Covilhã"
ResponderEliminarPois, mas acaba por ser caricato ver filiais do Sporting a serem alimentadas com atletas dos seus rivais...
LdA,
ResponderEliminarNão há reparos, há apenas pontos de vista que nem sempre coincidem.
Podíamos e devíamos fazer melhor, sem dúvida, há sempre margem para melhorar mas isso não quer dizer que o façamos pior que o Porto como referes.
O Porto colocar o Diogo Viana a rodar no Venlo foi um erro a meu ver.
Tal como foi um erro colocar o Adrien em
Israel , ou o Pereirinha na Grécia.
Não será o Porto que nos vai servir de exemplo para colocação de jogadores pois lembro-me de certa época em que tinham perto de 70 jogadores com vínculo ao clube com todo o peso salarial que isso comporta.
Não sei o que vai acontecer a Diogo Rosado nesta reabertura do mercado mas a verdade é que estamos a trabalhar para colocar alguns jogadores a jogar mais do que até aqui (Baldé, Adrien, Dier).
Para o Baldé, talvez até jogar no Badajoz nem seja assim tão mau
Ele que brilhe e falaremos dele novamente.
SL
José
Sporting até morrer,
ResponderEliminarOs empréstimos com "bom-senso" fazem sentido. Mas pegando no exemplo do Eric Dier, acho que toda a gente se está a esquecer que ele ainda tem idade de juvenil, não é bem um caso de ser dificil passar de junnior para sénior. Como nunca ouvi falar da formação do Everton, não consigo encaixar a razão deste empréstimo, para além de ser uma manobra do Fundo que tem 50% do seu passe...
Sporting até morrer,
ResponderEliminarQue eu saiba o Dier jogava todos os fins de semana e no escalão acima do seu. Não consigo compreender as razões da sua dispensa, nem pelo ponto vista do jogador nem do clube.
Leão de Alvalade,
ResponderEliminarO Eric estava a jogar nos juvenis, sendo aquele que era quase sempre titular (algumas poucas vezes ficou no banco para deixar o Tiago Duque e o Tobias jogarem no eixo e a maior parte jogou o Tiago Duque a defesa esquerdo, no que é uma solução interessante).
O nível competitivo, de facto, havia um problema que também era de gestão: o Tiago Ilori (que hoje esteve muito abaixo do seu potencial) pouco jogou na temporada passada e as suas qualidades mereciam mais minutos, o Miguel Serôdio está a cumprir último ano de júnior (e teve o azar de uma longa lesão) e o Sporting contratou o Juary (coisa que não compreendi, face à estrutura física do jogador).
Não tenho dúvidas que o Eric teria a maturidade suficiente para jogar no escalão acima, mas no escalão abaixo não haveria soluções para o fazer subir para os juniores (o Ricardo Tavares jogava com o Bruno Wilson que era iniciado de 1º ano).
Relativamente ao Baldé, não me esqueço na altura do seu empréstimo da alegria que suscitou a muitos por esta blogosfera e as enormes reservas que coloquei. Ele, como o Eric, vão continuar o seu processo de formação (ainda longe de estar completo) em clubes cuja capacidade formativa desconhecemos por completo. A das equipas inglesas então parece-me a mais questionável de todas...
Hugo Malcato,
o João Carlos está bem. Esteve muito melhor do que lhe poderia prever, porque foi muito mais desequilibrador (mais Mateus Fonseca) do que já o tinha visto. Mas, não sendo baixo, pareceu pequeno e terá de crescer fisicamente.
O jogo de hoje foi fraco, principalmente tendo em conta que se jogava com o 3º classificado. Todos, Lima incluído, estão obrigados a melhorar muito para a fase final.
Ah... e parece-me que encontrámos um novo defesa-esquerdo. Num país em que muitos se queixam da ausência de defesas-esquerdos, o Sporting produziu 4 para equipas do meio da tabela para cima nos últimos 3 ou 4 anos.
Quem são os 4, PLF?
ResponderEliminarMentalmente só vejo, Emídio Rafael e André Marques.
SL
André Gonçalves
Algonçalves,
ResponderEliminaro Tiago Pinto, que fez um bom jogo hoje contra o Guimarães e Micael Pinto, que hoje jogou a defesa-esquerdo e que me parece ter tudo para ser um caso de sucesso na posição (excelente capacidade técnica e um poço de força).
Ainda bem que se vai gastar cerca de €8M no Grimi, mais €6M no Evaldo...
Como o PLF falou do meio da tabela para cima não estava a ver o Tiago Pinto.
ResponderEliminarNão que aprecie muito o André Marques, mas para fazer o que faz o Grimi, poupávamos umas coroas.
Ao André Marques penso que lhe faltou um bom treinador que o desenvolve-se e uma seqüência de jogos. Li algures que o A. Marques era um dos principais marcadores de livres nas camadas jovens e nunca foi colocado a bater livres nos seniores. Não sei se é verdade...
PLF,
ResponderEliminarO Grimi ainda tem a 'pequena nuance' de parecer um "jogador" mais horrível a cada minuto que passa.
O Sporting devia era fazer um fundo com o Paulo Sérgio (treinador), Costinha, Grimi, Pedro Silva, Tales (se nem o Paulo Sérgio o mete a jogar...). Preço total deste fundo "perdido" = 1 grade de minis.
Duvido que alguém comprasse...
O que me faz alguma confusão é não ver os jogadores da nossa formação a serem opções
ResponderEliminarVejamos:
Balde suplente no santa clara
Pereirinha suplente no Guimarães
Andre Martins suplente no belenenses
Adrien suplente no maccabi
ah! e todos eles a procura de clube no mes de janeiro.
O único que vai jogando (e bem) é o João Gonçalves no Braga.
Por acaso já vi todos eles jogarem e não acredito que seja por falta de qualidade. Pois essa eles possuem e muita
Abraço gente boa
joao gonçalves no olhanense* perdão
ResponderEliminarThe Cure
ResponderEliminarJoão Gonçalves no Braga: já estás a falar da época 11/12.
"Por acaso já vi todos eles jogarem e não acredito que seja por falta de qualidade. Pois essa eles possuem e muita"
Não sou ninguém comparado com quem já fez aqui vários comentários sobre a formação, mas para mim, que só conheço a formação pelos resultados, quer resultados dos jogos quer produtos que saem de Alcochete, penso que o grande problema da formação é que os jogadores são considerados vedetas muito cedo; são muito apaparicados e não ganham as “ganas” que são necessárias para se afirmarem no futebol profissional. Acomodam-se muito cedo.
Já que falamos de jovens a rodar noutros clubes, aqui vão notícias de 3 deles que vão jogando regularmente (Cercle de Brugges):
ResponderEliminarhttp://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=243513
Em relação ao Dier, apesar dele jogar aqui nos escalões jovens, não me surpreenderia vê-lo jogar na equipa principal do Everton em breve.
Este empréstimo não pode ser só vontade de uma das partes e claro que Dier também quer representar o Everton, clube com projecção e que tem também alguns jovens da sua formação no plantel, inclusivamente internacionais em vários escalões por Inglaterra (casos de Rodwell e Vaughan).
Osman (29 anos) também é fruto das escolas do Everton.
A ida para o Everton parece-me natural dado ser o país onde nasceu e onde é visto como um jogador de futuro.
SL
José
8
ResponderEliminar"penso que o grande problema da formação é que os jogadores são considerados vedetas muito cedo; são muito apaparicados e não ganham as “ganas” que são necessárias para se afirmarem no futebol profissional. Acomodam-se muito cedo."
é uma pena se assim for meu caro. mas não deves estar longe da verdade
abraço
PLF,
ResponderEliminarNão sei onde fui buscar a ideia, mas estava convencido que Dier jogava nos júniores.
8,
Esse é um problema transversal a todos os jogadores dos clubes grandes que ainda cedo recebem muito mais dinheiro e provavelmente mais atenções desnecessárias do que precisariam.
O vedetismo excessivo acontece até em clubes de menor dimensão cuja realidade conheço até melhor do que a do Sporting. Posso ainda acrescentar que durante algum tempo conhecia de passagem o lar de jogadores do FCP, que, por melhor organizado e defendido que estivesse, não escapava a uma "certa fama" na vizinhança.
No entanto, tendo em conta os nossos problemas, julgo que é necessário uma visão mais profunda do que considerar que o problema está apenas do lado dos jogadores ou do seu carácter em particular.
optimo texto, bons comentarios, mostrando que ha realmente uma preocupacao dos sportinguistas em relacao aos resultados da formacao (e estou curioso para ouvir as posicoes dos candidatos 'a presidencia em relacao 'a academia, qual o rumo a seguir, etc, se e' que vamos apanhar algum com ideias formadas nessa area que nao sejam banalidades inodoras).
ResponderEliminarDestaque para o comentario do Sporting ate morrer, afirmando que nem todos os jovens formados podem ter lugar na equipa A e que temos de aceitar que ha uns que evoluem positivamente, outros que nao.
Essa ideia tem todo o sentido, mas apenas esbarra um pouco no facto do Sporting raramente contratar jogadores melhores que aqueles que forma, tornando o caso num paradoxo contablistico tremendo: contratar jogadores mauzinhos, dispendiosos, sem perspectiva de valorizacao do capital investido, ao mesmo tempo que desvaloriza o capital que ja existia, ou seja, os jogadores da academia.
O Sporting se quer sobreviver tem de apostar na academia, e isso significa tb na estrategia pos-academia.
Caros amigos sportinguistas,
ResponderEliminarGostava de saber a vossa opinião acerca dos seguintes nomes como possíveis candidatos à presidência do Sporting:
- Vicente Moura
- Moita Flores
- Hermínio Loureiro
- Joaquim Oliveira
- António Boronha
SL
LdA,
ResponderEliminarExcelente peça, muito bem sustentada.
Realce para a qualidade geral dos comentários, que um outro apontamento ridículo ou lateral ao tema não retira importância.
PLF,
ResponderEliminarO "Mica" deverá nesta altura saber que do ponto de vista da sua própria carreira, terá mais oportunidades - o mais "visibilidade" - caso se converta em lateral.
Creio que há dois anos cheguei a vê-lo nessa posição e até falámos nessa "adaptação" em virtude da possibilidade do Rodolfo passar a actuar como central.
SL